Palmeiras ainda busca ‘novo’ Barcos e Adriano é visto como solução


 

A dificuldade do Palmeiras em fazer gol no Santos neste domingo serviu para mostrar que Leandro, que já não tem condições de jogar a Libertadores, é insuficiente para resolver um problema que o time tem desde 8 de fevereiro, quando negociou Barcos com o Grêmio. E a solução, apesar de a diretoria não se mostrar a favor, pode ser Adriano.

Gilson Kleina é a voz mais forte a favor da contratação do Imperador. “Temos o Kleber e o Caio, mas ainda falta um jogador que chega na frente”, admitiu o treinador, ciente de que o atacante de 20 anos confirmou ser imaturo para a condição e ainda insatisfeito com o jogador emprestado pelo Porto.

Adriano foi oferecido ao Palmeiras dias após a saída de Barcos e o técnico não gostou de nem ter sido consultado. O veto não ocorreu oficialmente, mas o presidente Paulo Nobre e o diretor executivo José Carlos Brunoro optaram por se afastar devido à desconfiança em relação à condição física do jogador.

Kleina, porém, quer o atacante, e outros dentro do clube também. É consenso de que o momento de Caio, se ocorrer, será no futuro, e Kleber realmente não agradou, mostrando problemas técnicos em cinco jogos, errando jogadas simples, além de dificuldades físicas, pois chegou com lesão muscular e agora trata de tendinite no joelho direito.

Mesmo se recebesse aprovação, Kleber dificilmente ficaria. O Porto o emprestou de graça até dezembro, mas com a condição de poder levá-lo sem desembolsar nada ao fim do primeiro semestre, por isso o contrato vale até 30 de junho. Ou seja: se ele fosse bem, voltaria para Portugal mesmo que para uma possível negociação.

Neste cenário, Adriano pode ser uma salvação, pelo menos na cabeça de Gilson Kleina. Sem poder participar da negociação por opção da diretoria, o técnico espera que sejam confirmadas as informações da boa condição física do atacante, que em 2012 teve seu contrato rescindido com o Corinthians e nem entrou em campo pelo Flamengo. Caso o Imperador se mostre bem, pode convencer Nobre e Brunoro.

Independentemente de quem vier, o prejuízo sem Barcos está claro. O argentino marcou 28 gols na temporada passada e, com ele neste ano, o Verdão fez 13 gols em seis jogos (média de 2,17 por partida), com 61,1% de aproveitamento dos pontos disputados. Sem ele, balançou as redes 12 vezes em 11 compromissos (média de 1,09), com 51,51% de aproveitamento.

No elenco, há jogadores que concordam com a necessidade de um centroavante melhor, mas sem citar Adriano. Publicamente, porém, o discurso é de apoio aos colegas da frente. “Quem entrou, conseguiu dar conta do recado. Infelizmente, não conseguimos o resultado positivo, mas todos correram”, disse Wesley após o 0 a 0 com o Santos.

“Se falta ou não o goleador, é com a diretoria. Temos que dar nosso máximo com os companheiros que estão aqui. Todos sabem da qualidade e do jogador vitorioso que o Adriano foi e ainda continua sendo. Mas tem que deixar para os caras aí”, esquivou-se o meio-campista na sequência.

Adriano mal entrou em campo no ano passado, mas se ofereceu ao Palmeiras e tem o aval de Kleina
Gazeta Esportiva

 



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