Está tudo certo com a empresa. Só falta escolher o nome



Há quem diga que é como escolher o nome do filho. De toda forma, definir como a empresa vai se chamar não é mesmo tarefa fácil. Não existe fórmula infalível a ser aplicada, porém, vale observar alguns critérios para evitar erros.

Basicamente, espera-se que o nome crie empatia, aproxime a empresa do público-alvo, ajude a destacar o negócio e a construir uma imagem positiva. 

O nome deve ser curto e fácil de ser lembrado e pronunciado. Pense nas marcas de sucesso, mundialmente consagradas, e veja o que têm em comum. No geral, uma palavra simples de falar e memorizar. 

Nome parecido com o do concorrente não é aconselhável. O negócio precisa de identidade e ser confundido com o rival não ajuda. 

Abusar das siglas é perigoso, apesar de ser um atalho para a solução. Elas devem significar algo ou não terão efeito favorável.

Nomes regionais podem ser um limitador se o negócio se expandir para outras praças com características diferentes das do local de origem. 

Palavras em outros idiomas também têm riscos. Se o termo já é de amplo conhecimento do público, melhor, mas caso seja de difícil assimilação pode não funcionar. É fundamental que a sonoridade seja boa e a leitura, fácil.

Cuidado com generalizações. Termos que resumem o que a empresa faz são uma saída, no entanto, não definem a marca e tornam-na comum demais. 

Colocar o próprio nome na empresa é outra opção, mas estabelece uma relação para toda a vida. Se amanhã você vender seu negócio, a associação vai continuar. Caso diversifique o ramo de atuação, ainda há a possibilidade de o novo empreendimento ser associado ao primeiro. 

Definido o nome fantasia - do qual estamos falando - ele precisa ser registrado para assegurar o direito de uso ou corre-se o risco de perdê-lo para alguém que fez isso antes. A marca necessita de registro no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Já a razão social, que aparece em documentos para identificar a pessoa jurídica, deve constar na Junta Comercial. 

A escolha merece toda a atenção, pois o nome interfere no desempenho do negócio e mudá-lo implica custos. Uma análise cuidadosa e criatividade ajudam a chegar ao ideal. 

 


Bruno Caetano é diretor superintendente do Sebrae-SP 

 



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