Médico suspeito de cobrar por cirurgia já autorizada pelo SUS é preso em Assis


Um médico foi preso em Assis por supostamente ter pedido dinheiro para fazer uma cirurgia que já estava autorizada pelo SUS. A paciente Andréia Marcolino (foto), de 39 anos, que tem miomas no útero e há seis meses vinha fazendo tratamento, disse que gravou a conversa e entregou para a Polícia Civil, que prendeu o médico em flagrante.

Andréia afirmou que precisava de uma cirurgia com urgência, mas não conseguia agendar o procedimento pois o ginecologista disse que só havia um jeito de fazer a operação: pagando pelo serviço. A paciente decidiu então gravar a consulta com uma câmera escondida. Durante a conversa, em um consultório na Santa Casa de Assis, é possível ouvir uma voz que, de acordo com a denunciante, seria do suspeito dizendo que ele cobraria pela consulta: “mesmo pagando ou não pagando é uma cirurgia enorme: R$ 2,6 mil”.

A paciente comentou que todos os procedimentos necessários para realizar a sua cirurgia já estavam prontos, porém, o médico não quis operá-la sem o pagamento do procedimento. "Já estava tudo certo para eu fazer pelo SUS. Eu já fiz todos os exames. Já estava tudo encaminhado. Mas ele disse que não estava mais pegando nada pelo SUS para fazer neste ano. Pelo SUS ele me operaria só em 2015. Se eu tivesse dinheiro, ele falou que me operava ontem mesmo, já que ele estava de plantão. Ele cobrou R$ 3 mil da parte dele. Meu marido falou que não tinha condições e ele baixou paras R$ 2,6 mil. Peguei e fui ao consultório, gravei e filmei toda essa conversa", comentou a paciente.

Segundo o delegado Roberto Tucunduva Filho, as investigações prosseguem, mesmo com ato de prisão em flagrante delito. "É evidente que todas as provas necessárias para que a verdade venha à tona, quer para incriminá-lo ou para inocentá-lo, serão carreadas aos autos”, afirmou.

A dona de casa Andréia Marcolino também foi ouvida pela polícia.

A reportagem da TV TEM tentou falar com o advogado do médico suspeito, mas ele não quis se manifestar.

 

 

 

Fonte: Do G1 Bauru e Marília | Jeferson Galvão

 



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