Cocaína líquida que seria entregue no Egito é apreendida em Assis


Apreensão, inédita na região, foi feita na base rodoviária em Assis. Boliviana foi presa e disse à polícia que levaria a droga para o Egito.

 

Uma boliviana foi presa com cocaína líquida na base da Polícia Rodoviária em Assis (SP) na tarde desta sexta-feira (17). Segundo informações da polícia, a suspeita estava em um ônibus e a droga foi escondida em compartimentos em um fundo falso ao redor de uma mala. A polícia precisou retirar todo o forro para descobrir a cocaína na forma líquida, uma apreensão inédita na região segundo a Polícia Federal.

Em contato com o ar o entorpecente se transforma em um gel branco e depois endurece. “Nós fazíamos uma operação de rotina na rodovia e o ônibus foi parado. Na revista do compartimento para bagagens de mão nada foi encontrado, mas ao vistoriar as bagagens foi constatado um volume a mais na mala da passageira semelhante ao um gel, então foi feita a perfuração na mala e no teste com um reagente químico descobrimos que se tratava de cocaína”, afirma sargento Osmar de Paula Arruda.

A mulher disse à polícia que foi contratada por um desconhecido em Santa Cruz de La Sierra para levar a droga até o Egito. Ela iria viajar de ônibus da Bolívia até São Paulo e de lá embarcaria no avião até a cidade do Cairo. A mulher informou ainda que receberia US$ 5 mil. Ela ainda estava com R$ 370 e mil libras egípcias, o que corresponde a cerca de R$ 300. Segundo a Polícia Federal, este tipo de apreensão é inédito na região

“Há toda uma tecnologia nesse tipo de tráfico, a cocaína foi armazenada em estado líquido, a mala foi toda montada de modo a ocultar a droga e bem vedada, porque a partir dos testes que fizemos essa cocaína em contato com o ar se solidifica e assim está apta para ser distribuída”, destaca o delegado da PF de Marília, José Navas.

O delegado destaca ainda que o método de carregamento da droga é de difícil identificação. “A mala não apresentava nenhum sinal que tinha sido remontada e manteve a droga no estado líquido, o que dificulta a identificação do entorpecente. Então foi investido muito em tecnologia de ponta para ocultar essa droga, o que e inédito na nossa região, nesse formado líquido e nessa quantidade, o que dificulta o trabalho dos policiais”, completa. A mulher vai responder por tráfico internacional de drogas e pode pegar até 25 anos de prisão.

 

 

 

 

 

 

Fonte: G1 Bauru e Marília | Fotos: Jefferson Galvão



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