Invasão de quatis assusta moradores em Palmital


Biólogo alerta para agressividade dos animais, que podem atacar pessoas. 
 

Quatis que vivem no bosque municipal de Palmital (SP) estão invadindo a cidade e causando vários transtornos aos moradores. Os animais pulam as grades do bosque e entram nas residências em busca de comida. Apesar da aparência inofensiva, eles podem machucar, mesmo sem serem provocados.

Na casa da cuidadora Teca Alves, que fica próxima ao bosque, a cerca elétrica que serve para afastar ladrões também tem sido usada para proteger os moradores do visitante indesejado. “Eles fazem muita bagunça, mexem no lixo que a gente deixa na frente de casa para ser recolhido e o lixo que pegam nos terrenos querem levar para dentro da casa”, conta. 

Segundo o Departamento de Meio Ambiente, a invasão dos animais é causada por um desequilíbrio populacional na área. São mais de 300 quatis em uma área de 11 hectares. Como a oferta de alimentos é menor do que a demanda, os quatis saem do parque em busca de comida.

Por isso, a prefeitura de Palmital e pesquisadores da Unesp começaram a capturar alguns machos para fazer vasectomia e impedir que eles se reproduzam de maneira descontrolada. “Nós temos a sala de castração própria e eles se interessaram por esse trabalho, onde está sendo feito o controle para evitar a grande população dos bichos”, explica Rodolfo Mansoleli, diretor do Departamento do Meio Ambiente.

Rodolfo explica que não é recomendável dar qualquer tipo de comida para os quatis, já que eles podem contrair sarna e até colesterol. Há também o risco deles atacarem as pessoas.

A diretora da Associação Protetora dos Animais Silvestres de Assis, Natália Godoy, conta que já foi atacada por um quati e teve graves ferimentos. “Do nada ele agarrou a minha perna na parte de trás com as unhas e mordeu. Por pouco não atingiu a femural (veia) e eu perdi bastante sangue, tive que ir para o pronto-socorro”, explica.

Os dentes afiados são a principal arma do animal. “Ele parece ser fofinho, bonitinho, mas é só a aparência, ele é um animal bastante explosivo. Ele tenta puxar você para te arranhar, unhas bastante afiadas e o problema maior são os dentes, eles têm lâminas que funcionam como uma tesoura e eles travam, por isso quando eles atingem a carne, uma veia é com intuito de rasgar. Os acidentes com esse animal são considerados graves e muitas vezes gravíssimos”, completa o biólogo Aguinaldo Marinho. (Fonte: Do G1 Bauru e Marília)



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