Uma criança, de apenas 1 ano, foi picada na esclerótica (parte branca do olho) por uma abelha, na tarde de sábado, dia 24, em Paraguaçu Paulista. A colméia estava alojada no assoalho de uma casa, localizada na Rua Doze de Março, no centro da cidade, e também vitimou uma idosa. 

Diogo Gabriel de Menezes (foto), de 27 anos, relatou que levou um susto ao ver o enxame dentro do quarto. “Só deu tempo de pegar minha menina e correr para a rua. As abelhas estavam quase todas ao lado dela”, explicou o pai.

Além da criança, as abelhas também atacaram uma senhora, de 80 anos. “Minha avó levou mais de vinte picadas”, completou Menezes.

A menina foi levada para o Pronto Socorro da cidade, e precisou ser transferida para o hospital de Marília para o ferrão ser retirado. “No hospital me disseram que se o ferrão tivesse pegado a parte preta do olho (pupila), a minha filha poderia ficar cega. Ainda é perigoso infeccionar o olho dela”, disse o pai.

Os insetos foram retirados pelo apicultor Gilmar Zandonadi, que nos relatou que mais de 50 colméias estão instaladas no perímetro urbano de Paraguaçu Paulista. 

“Há onze anos trabalho com isso, e há três anos a localização de colméias na área urbana aumentou em 300%. Por causa do cultivo de cana-de-açúcar e da pecuária, elas estão migrando de forma descontrolada para a cidade, e aqui elas não encontram espaços necessários, e estão se alojando até em galhos de árvores, coisas que naturalmente elas não fazem”, explicou o profissional.

Zandonadi alerta ainda que há a necessidade imediata de capturar as colméias e levá-las para um lugar adequado. “Precisamos de uma atenção maior por parte dos responsáveis por esta área no município. Se ficarmos de olhos fechados, pessoas poderão morrer”, completou.

O profissional recomenda que se alguém localizar alguma colméia não deve exterminá-la, pois as abelhas são de grande necessidade para a natureza, e sim entrar em contato com o Corpo de Bombeiros, pelo número 193.

Veja mais fotos na galeria abaixo: