Corpo de adolescente que morreu vítima da dengue é enterrado em Paraguaçu


Confirmação de morte assusta moradores da região de Marília 

 

Foi enterrado na tarde desta quarta-feira (18), em Paraguaçu Paulista, o corpo do adolescente João Renato Mendes Neto, de 14 anos, que morreu após complicação causada por um tipo grave de dengue. O jovem contraiu a doença em Marília, cidade que vive uma epidemia da doença, onde morava com os pais. A confirmação de mais uma morte por causa da doença preocupa os moradores da região, que estão assustados com o avanço da dengue.

O atestado de óbito de João Renato confirma a causa da morte por dengue. A letra D presente no tipo da doença significa que o adolescente apresentou o quadro clínico mais grave.

Segundo a tia do menino, foram apenas 30 horas entre os primeiros sintomas e a morte. “Ele era supersaudável. A gente não acredita. Pensa que vão dar os medicamentos e voltar para casa. A do João é uma dengue perigosa”, conta Cyntia Zandonadi Lenza.

Segundo a Santa Casa de Marília, o paciente que foi internado por volta das 10 horas e morreu no fim da tarde de terça-feira (17). “O Ministério da Saúde classifica como D quem precisa ser internado imediatamente", explica o infectologista Carlos Fortaleza.

O médico explica ainda que antes da classificação, a doença nível D era chamada de dengue hemorrágica com a pressão arterial baixa. “Você tem uma perda de líquido e pode ter um colapso circulatório, ou seja, o sangue deixa de chegar aos órgãos vitais. O caso é incomum e costuma acontecer com quem já teve dengue.”

 

Ninguém escapa

Esta foi a terceira morte por dengue confirmada no Centro-Oeste Paulista neste ano, no entanto a Santa Casa de Marília contabiliza outras duas mortes de pessoas atendidas no hospital, mas que não são necessariamente da região.

Em Paraguaçu Paulista, onde João Renato foi enterrado, já são 1,4 mil casos da doença. Esse cenário tem deixado a população cada vez mais preocupada.

A recepção do Pronto-Socorro da cidade foi transformada em uma sala de hidratação. Improviso necessário para tentar frear a escalada da dengue. No município que decretou estado de emergência, os moradores estão apreensivos.

O secretário de Saúde de Paraguaçu Paulista também contraiu a doença. Ele conta que a chuva forçou a diminuição no ritmo de nebulização feita para matar o mosquito transmissor. Por isso é preciso que a população colabore na limpeza de quintais e terrenos para evitar a procriação do Aedes Aegypti. “Fazendo a limpeza já elimina 90% dos criadouros e a nebulização vem para complementar”, afirma José Burati Neto.

 

 

Do G1 Bauru e Marília

 

 



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