Caminhoneiros voltam a interditar a Raposo Tavares na região de Assis


Eles ocupam uma das faixas de cada lado da via em Palmital (SP).

 

Os caminhoneiros da região de Assis fazem um novo bloqueio nesta segunda-feira (2) a partir do km 420 da Rodovia Raposo Tavares (SP-270) em Palmital. Segundo a Polícia Rodoviária, entre 100 e 150 caminhões estão parados em uma das pistas dos dois sentidos da rodovia, que é duplicada, e também no acostamento. A retenção de veículos é de 1 km no sentido Assis-Ourinhos e 2 km no sentido Ourinhos-Assis.

As faixas centrais permanecem livres para o trânsito de automóveis, veículos de emergência/urgência e veículos que transportem cargas vivas. De acordo com a concessionária que administra a via, o bloqueio começou por volta das 8 horas de hoje.

Os caminhoneiros integram o movimento nacional de caminhoneiros que já chegou a interditar rodovias em pelo menos 13 estados desde o começo da semana. No entanto, em Assis, o grupo afirma que não tem ligação com o sindicato da categoria, é formado por motoristas autônomos.

Esse é o terceiro dia de bloqueios na rodovia na região de Assis. Na quarta e na quinta-feira da semana passada os caminhoneiros também protestaram e a retenção de veículos nas faixas da direita nos dois chegou a 6 quilômetros na quinta-feira.

Na sexta-feira, o grupo se reuniu com a Polícia Rodoviária para definir os próximos passos das manifestações. Nessa segunda-feira, o protesto segue pacífico e acompanhado pelos policiais rodoviários. A concessionária informou ainda que serviços de atendimento e de suporte na rodovia continuam à disposição dos usuários.

 


Caminhoneiros bloquearam uma das faixas dos dois lados da rodovia
(Foto: Guilherme Tavares/ TV TEM) 


Primeiro dia

Na quarta-feira, os caminhoneiros tentaram interditar a rodovia por completo no km 433 entre Assis e Cândido Mota, mas foram impedidos pela Polícia Rodoviária. A manifestação durou cerca de 8 horas e apesar de pacífica registrou alguns incidentes. Um casal que seguia em um caminhão foi impedido de continuar a viagem e chegou a discutir com os manifestantes.

Uma mulher grávida de 8 meses também foi impedida de seguir viagem com o marido caminhoneiro. Ela começou a passar mal e os policiais rodoviários tiveram que negociar com os manifestantes para levá-la para casa em uma viatura. As faixas interditas foram liberadas por volta das 17 horas de ontem.

 

Segundo dia

Na quinta-feira (26), a retenção de veículos, que começou por volta das 7h40, ocupava uma das faixas da via nos dois sentidos e chegou a formar seis quilômetros de congestionamento. As faixas foram liberadas por volta das 15h.

A Polícia Rodoviária acompanhou os manifestantes e o protesto foi pacífico. O trânsito fluiu apenas pelas faixas da esquerda nos dois sentidos. Os carros de passeio, ambulância e caminhões com cargas vivas foram liberados. Um caminhão que carregava cilindros oxigênio para Santa Casa de Paraguaçu Paulista também foi liberado.

 

Bloqueios no país

A Advocacia-Geral da União protocolou ações na Justiça Federal dos estados para o desbloqueio das rodovias.

No estado de o Paulo, o juiz Bruno César Lorencini fixou multa de R$ 50 mil por hora de descumprimento para o sindicato de empresas de logística, além de multa de R$ 100 para cada manifestante que não desbloquear a rodovia.

Os bloqueios nas estradas têm causado desabastecimento de produtos em alguns estados do país, principalmente da região Sul.

 

Do G1 Bauru e Marília



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