Caminhoneiros bloqueiam Raposo Tavares pela quarta vez em seis dias


Grupo integra movimento nacional que interditou rodovias em 13 estados.

 


Caminhoneiros fecham rodovia pela 4ª vez em seis dias (Foto: Guilherme Tavares / TV TEM) 

Pela quarta vez em seis dias, os caminhoneiros da região de Assis (SP) fazem um novo bloqueio na Rodovia Raposo Tavares (SP-270). Nesta terça-feira (3) o grupo fechou as pistas a partir do km 426 da rodovia, em Palmital (SP).

Segundo a concessionária que administra a via, os caminhões estão parados em uma das pistas dos dois sentidos da rodovia, que é duplicada, e também no acostamento, desde às 8h. As faixas centrais permanecem livres para o trânsito de automóveis, veículos de emergência/urgência e veículos que transportem cargas vivas.

Os caminhoneiros integram o movimento nacional de caminhoneiros que já chegou a interditar rodovias em pelo menos 13 estados desde o começo da semana. No entanto, em Assis, o grupo afirma que não tem ligação com o sindicato da categoria, é formado por motoristas autônomos.

Eles pedem, entre outras reivindicações, o aumento do valor do frete e redução do preço do combustível e das tarifas de pedágio.

Esse é o quarto dia de bloqueios na rodovia na região de Assis. Na quarta e na quinta-feira da semana passada os caminhoneiros também protestaram e a retenção de veículos nas faixas da direita nos dois chegou a 6 quilômetros na quinta-feira. Ontem, a retenção de veículos chegou a 5 km no sentido Ourinhos-Assis.

Na sexta-feira, o grupo se reuniu com a Polícia Rodoviária para definir os próximos passos das manifestações. Nessa segunda-feira, o protesto segue pacífico e acompanhado pelos policiais rodoviários. A concessionária informou ainda que serviços de atendimento e de suporte na rodovia continuam à disposição dos usuários.

 

Primeiro dia

Na quarta-feira, os caminhoneiros tentaram interditar a rodovia por completo no km 433 entre Assis e Cândido Mota, mas foram impedidos pela Polícia Rodoviária. A manifestação durou cerca de 8 horas e apesar de pacífica registrou alguns incidentes. Um casal que seguia em um caminhão foi impedido de continuar a viagem e chegou a discutir com os manifestantes.

Uma mulher grávida de 8 meses também foi impedida de seguir viagem com o marido caminhoneiro. Ela começou a passar mal e os policiais rodoviários tiveram que negociar com os manifestantes para levá-la para casa em uma viatura. As faixas interditas foram liberadas por volta das 17 horas de ontem.


Segundo dia

Na quinta-feira (26), a retenção de veículos, que começou por volta das 7h40, ocupava uma das faixas da via nos dois sentidos e chegou a formar seis quilômetros de congestionamento. As faixas foram liberadas por volta das 15h.

A Polícia Rodoviária acompanhou os manifestantes e o protesto foi pacífico. O trânsito fluiu apenas pelas faixas da esquerda nos dois sentidos. Os carros de passeio, ambulância e caminhões com cargas vivas foram liberados. Um caminhão que carregava cilindros oxigênio para Santa Casa de Paraguaçu Paulista também foi liberado.


Terceiro dia

Segundo a Polícia Rodoviária, entre 100 e 150 caminhões estão parados em uma das pistas dos dois sentidos da rodovia em Palmital, que é duplicada, e também no acostamento, desde às 8h de segunda-feira (2). A retenção de veículos, até às 16h, foi de 2 km no sentido Assis-Ourinhos e 5 km no sentido Ourinhos-Assis.

As faixas centrais permanecem livres para o trânsito de automóveis, veículos de emergência/urgência e veículos que transportem cargas vivas. A rodovia foi liberada às 17h.


Bloqueios no país

A Advocacia-Geral da União protocolou ações na Justiça Federal dos estados para o desbloqueio das rodovias.

No estado de o Paulo, o juiz Bruno César Lorencini fixou multa de R$ 50 mil por hora de descumprimento para o sindicato de empresas de logística, além de multa de R$ 100 para cada manifestante que não desbloquear a rodovia.

Os bloqueios nas estradas têm causado desabastecimento de produtos em alguns estados do país, principalmente da região Sul. (Fonte: G1 Bauru e Marília)



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