Cerca de 200 alunos se mobilizaram pelas redes sociais.
Cerca de 200 alunos de pelo menos sete escolas estaduais de Assis se reuniram na Praça do Ypê, região central da cidade nesta quinta-feira (19). Eles organizaram o ato em apoio à greve dos professores estaduais. O movimento seguia pacífico, mas uma confusão gerou correria entre os estudantes após alguns alunos jogarem bombas. Ninguém ficou ferido.
O tumulto diminuiu com a chegada da Polícia Militar. Apesar da confusão, os alunos retornaram à praça para continuar a manifestação. Eles apoiam os professores e também pedem mais qualidade no ensino.
Com faixas, eles pediam o fim das salas lotadas e até mais qualidade na merenda escolar. Os estudantes se organizam desde a semana passada através das redes sociais. “Essa situação está muito crítica. Para todo mundo se comunicar melhor pedi o número de telefones das pessoas, coloquei os números que conhecia e criamos o grupo”, conta a estudante Maria Helena Santana, de 14 anos.
O ato foi convocado por professores da rede, que foram às portas das escolas hoje cedo para convocar os estudantes, segundo o professor Vinícius Costa Souza.“Nós organizamos com os estudantes um ato em apoio aos professores que estão em greve. Fizemos um debate, chamamos eles para apoiarem a greve, eles já estavam se articulando pelas redes sociais.”
Estudantes atiraram bomba na rua durante protesto em Assis (Foto: Reprodução/TV TEM)
O sindicato dos professores do estado de São Paulo diz que organiza o movimento grevista dos docentes da rede estadual em Assis e região, mas afirma que não tem ligação com o ato de hoje na Praça do Ypê e que também não estimula os alunos a participarem da paralisação. A Apeoesp ainda afirma que cerca de 40% dos 1740 associados da região estão em greve. Uma das principais reivindicações da greve é o aumento de 75,33% para que o salários dos professores estaduais deles seja equiparado as demais categorias com formação de nível superior.
Em nota, a Diretoria Regional de Ensino de Assis disse que as atividades nas escolas estão mantidas e orienta os pais a encaminharem os filhos para às aulas. Informou ainda que sobre o reajuste salarial, a pasta concedeu aumento acumulativo de 45% e alçou o piso paulista ao patamar 26% superior ao nacional.
Destacou ainda que as salas de aula funcionam dentro do módulo e a diretoria sempre esteve e permanece à disposição dos pais para quaisquer esclarecimentos.
Do G1 Bauru e Marília
