Após a morte da japonesa Misao Okawa, aos 117 anos, nesta terça-feira (31), Deolinda Soares Rodrigues quer ser reconhecida mundialmente
Deolinda Soares Rodrigues, que mora em Presidente Prudente, nasceu em 24 de junho de 1898 (Foto: Valmir Custódio | iFronteira)
Após a morte da japonesa Misao Okawa, aos 117 anos, nesta terça-feira (31), a família da dona de casa Deolinda Soares Rodrigues, que completará 117 anos em 24 de junho, quer que ela seja reconhecida como a pessoa mais velha do mundo viva.
Segundo a neta de Deolinda, Regina Monteiro de Oliveira, de 33 anos, a avó, que mora em Presidente Prudente, merece receber o título. “Ela merece ser reconhecida no 'Livro dos Recordes' como a mais velha do mundo. Ela tem Certidão de Nascimento que comprova sua idade. O marido dela morreu já faz mais de 70 anos, então, por tudo que ela passou e por tudo que ela viveu, merece, sim, este reconhecimento”, destacou Regina ao iFronteira, nesta quarta-feira (1º).
Conforme consta na Certidão de Nascimento, dona Deolinda Soares Rodrigues nasceu em 24 de junho de 1898, ou seja, ainda no século 19, em Belo Horizonte (MG). Ela conta que se casou e se mudou com o marido para o Estado do Paraná, onde trabalharam em roças. Quando o marido faleceu, com 40 anos de idade, a mulher voltou para Belo Horizonte com os filhos, mas depois se instalou em Presidente Prudente, onde vive até hoje.
Apesar da idade, Deolinda tem uma vida ativa. Mora sozinha, mas recebe diariamente os cuidados da família, que chega a ter aproximadamente 200 integrantes, entre filhos, netos, bisnetos e até tataranetos.
Segundo Regina, Deolinda teve 10 filhos, sendo um adotado, e quatro deles estão vivos. “Se estivesse vivo, o filho mais velho dela teria 100 anos, porque ela [Deolinda] diz que o teve com 16 anos de idade”, explicou a neta ao iFronteira.
Misao Okawa morreu, aos 117 anos, por causas naturais, conforme informou a emissora pública japonesa "NHK". Okawa nasceu em 5 de março de 1898, em Osaka. Segudo a emissora, a japonesa morreu por volta das 7h, pelo horário local - 19h de terça-feira (31), em Brasília -, no asilo de Osaka (oeste do Japão), onde residia. A japonesa era considerada até então a pessoa mais velha do mundo.
"Fazer o que, é o que Deus quer e não tem jeito. Não fico triste, mas, se eu morrer, enterra. Eu fui feliz durante a minha vida", disse Deolinda, nesta quarta-feira (1º), ao iFronteira, quando questionada sobre como se sente ao ser a pessoa mais velha do mundo.
Na chegada da reportagem do iFronteira a sua residência, no Jardim Santa Mônica, na zona leste de Presidente Prudente, ela logo reclamou de que sua panela de pressão havia quebrado, enquanto cozinhava feijão com orelha de porco.
Fonte: Valmir Custódio | iFronteira
