Preguiça para se exercitar é culpa do seu cérebro; entenda


Pesquisadores isolaram a área do cérebro responsável pela motivação para exercícios; descoberta pode melhorar os atuais tratamentos da depressão
 

 

Quem nunca teve preguiça de levantar do sofá para fazer exercícios, que atire a primeira pedra. Mas, quando se trata de atividade física, há uma grande diferença entre quem tem uma preguiça passageira, e quem tem aquela preguiça crônica. Enquanto alguns conseguem manter uma rotina quase sagrada - que inclui caminhadas, bike, academia, natação, lutas ou qualquer outro exercício - outros simplesmente não se identificam com nenhuma dessas atividades e são tomados por uma apatia que pode durar a vida toda, mesmo conhecendo os benefícios da prática esportiva.

Em busca de justificativas para tamanha falta de ânimo, a ciência acaba de encontrar um culpado: o seu cérebro! Isso mesmo, agora você já tem a quem culpar. Cientistas do Instituto de Pesquisa Infantil de Seattle fizeram testes com ratos e conseguiram isolar a área do cérebro responsável pela motivação para praticar exercícios físicos. Trata-se de uma estrutura minúscula chamada "habenula medial dorsal".

Durante a pesquisa, a equipe dividiu camundongos em dois grupos. No primeiro, os neurônios da habenula medial dorsal foram completamente removidos. Os ratos lesionados, embora fisicamente capazes de correr, se mostraram desmotivados e não realizaram nenhuma atividade além do essencial. No segundo grupo, os animais podiam escolher entre duas rodas de exercício: uma delas era só uma roda comum, e a outra estimulava a tal área através de um laser que era ativado sempre que os ratinhos começavam a correr. E claro, eles preferiram a roda que tinha o laser.

Como nos humanos essa região do cérebro tem função semelhante, os pesquisadores esperam usar a descoberta para melhorar os atuais tratamentos para depressão, uma vez que o exercício é uma das terapias mais eficazes contra a doença.

O médico responsável pelo estudo, Eric Turner, disse que a estimulação elétrica da habenula já foi testada em um paciente com depressão grave, que obteve melhora considerável. Apesar do resultado animador, Taner acredita que ainda há muito a ser pesquisado. "Esse é apenas um caso. Nosso trabalho demonstra que a habenula é parte de um sistema de motivação e regulação do humor. Agora, temos que descobrir o resto do sistema. Drogas que agem em neurotransmissores poderiam atuar nessa área, mas isso ainda está além do nosso estudo", explica. (Fonte: Revista Galileu)



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