Mariliense escapa ileso de terremoto e ajuda nas buscas por desaparecidos


Voluntário viaja o mundo de bicicleta e havia chegado ao Nepal na quinta-feira

 


O mariliense Aurélio Magalhães
 

“Mais um pequeno tremor depois de bastante tempo! População volta a ficar assustada”. A declaração foi postada na tarde de ontem na página do Facebook do chefe de cozinha mariliense Aurélio Magalhães, de 43 anos, que está em Katmandu, capital do Nepal, desde a última quinta-feira. No sábado ele foi testemunha do terremoto de 7,8 graus na escala Richter que deixou pelo menos 2,5 mil mortos e quase 6 mil feridos, além de muita destruição.

Desde então, as réplicas - tremores secundários que se seguem após o sismo principal - continuam assustando a população, como descreveu Aurélio na rede social. De acordo com seu pai, o sindicalista Pedro Magalhães, o filho está ajudando como voluntário na busca de vítimas entre os destroços de Katmandu. “Nós pedimos para ele sair de lá o quanto antes, mas ele disse que ficará para prestar auxilio. Respeitamos e ficamos orgulhosos”, disse o pai.

No sábado, a família que vive em Marília foi comunicada via internet sobre o desastre natural que tinha acabado de acontecer. Na mensagem, o chefe de cozinha que viaja o mundo de bicicleta dizia que os pais deveriam ficar tranquilos, pois ele estava bem. “Soubemos antes mesmo de o terremoto virar notícia na internet ou na televisão. Por isso não tivemos nem tempo de ficarmos assustados”, disse Pedro.

Em outra postagem feita após o abalo sísmico, Aurélio relata o momento do desastre: “O maior susto da minha vida! Terremoto em Kathmandu, capital do Nepal! Muro caiu a 3 M da minha cabeça quando estava correndo para rua! Medo e aflição. 7,5 graus na escala richerst... o chão continua a tremer por aqui!”. Desde então seu perfil não para de receber mensagens de amigos desejando sorte e pedindo informações.

De acordo com o pai de Aurélio, ele chegou a dormir na rua por medo de que novos tremores derrubassem seu abrigo, assim como boa parte da população local. No momento, porém, ele estaria instalado em local reforçado contra cataclismas. A informação é de que ele ainda não teria encontrado nenhum conterrâneo por lá.

Informações da Folhapress indicam que o Itamaraty recebeu pedidos de contato de familiares de 79 brasileiros que se tem noticia no país. Até o final do domingo, 60 deles haviam sido localizados e estavam vivos. Desde o desastres, ajuda humanitária e financeira têm chegado ao local.

 

 

Diário de Marília | Leonardo Moreno 



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