Bailarinos de Assis mobilizam população por viagem para a Croácia


Eles foram selecionados para participar de festival no país europeu, mas custo da viagem é de cerca de R$ 5 mil por dançarino.

 


Bailarinos conseguiram oito títulos em festival de dança (Foto: Reprodução / TV TEM) 

Alunos de uma escola de dança de ballet de Assis se preparam para ir para Croácia. Eles foram classificados em um festival e estão ansiosos pela viagem, mas a apresentação internacional tem preço. A estimativa é de R$ 5 mil por pessoa e esse está sendo o problema. Eles têm um mês para levantar o dinheiro e contam com a ajuda da população local. Tudo isso sem deixar os ensaios de lado.

São duas horas por dia, quatro vezes por semana. A dedicação rendeu a conquista de oito títulos em um festival de dança no mês passado, em Barra Bonita. “Nós já estávamos muito confiantes, porque a gente acredita no nosso trabalho, nós batalhamos para isso e nós acreditávamos, mas não na proporção como foi de oito, nós conseguimos seis primeiros lugares, um segundo e um terceiro. Foi muito gratificante”, destaca a bailarina Giovana de Cista Lima.

Os resultados abriram as portas para a Croácia, onde os alunos da academia de Assis podem representar o Brasil em um festival internacional de dança. Uma oportunidade especial para eles mostrarem os melhores passos no jazz contemporâneo. Quem fizer um bom trabalho lá, pode conseguir uma bolsa de estudos na Europa.

“É totalmente diferente você dançar na Europa, muda tudo, é um aprendizado muito grande, o contato que você vai ter com outros professores, alunos, outra cultura, é quebrar os limites, especialmente para mim, pela minha idade”, afirma o bailarino Thiago André de Moraes.

 

Doações para o cofrinho

A coreografia tem passaporte carimbado para a Europa. O problema é conseguir embarcar toda a turma. A menos de um mês para o festival na Croácia, ainda falta uma parte do dinheiro para pagar as passagens. Eles precisam de mais R$ 15 mil. O tempo foi curto entre vencer em Barra Bonita e viabilizar o dinheiro. As empresas de Assis não têm colaborado muito. Com a crise econômica, muita gente teve que negar o patrocínio.

“Nós esperávamos que as empresas pudessem nos ajudar, tamanha a proporção dessa competição, mas não foi com isso que tivemos retorno. Nós tivemos maior retorno da população. Nós fizemos um trabalho de formiguinha e teve gente que doou só para cofrinho, mas teve gente que doou um pouco mais porque se sensibilizou com o projeto, como os pais dos alunos, vizinhos, pessoas desconhecidas”, conta a professora Aline Soares Reyes.  Professora.

Os bailarinos partiram para o esforço individual. Apelaram até para os cofrinhos, que passam de porta em porta pedindo uma contribuição. “Nós esperamos que eles ajudem, porque os cofrinhos estão bem gordinhos, mas eles podem ficar mais cheios ainda”, brinca a bailarina Joana Pereira Jordan.

O esforço é do tamanho da vontade de se apresentar em palcos europeus. Ainda mais para a caçula da turma. Com 11 anos, Rebeca Pereira se anima só de pensar no festival croata.

“Eu ainda nem estou acreditando”, afirma. Sonhar com esse festival agora faz parte dos exercícios diários de toda a equipe.  “Nós temos o propósito de que ou vamos todos ou não vai ninguém e juntos nós temos certeza que vamos conseguir”, finaliza a professora.

 

 

Do G1 Bauru e Marília



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