Procedimento foi realizado na última terça-feira e família havia ficado presa no trânsito
Há sete meses Murilo Freitas Gonçalves esperava por um coração compatível
com seu organismo - Reprodução
Com um coração novo, o mariliense Murilo Freitas Gonçalves, de apenas sete anos, sai hoje do período mais crítico após a cirurgia de transplante pela qual ele passou na terça-feira. Para chegar a tempo até o Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP) em São Paulo, onde foi realizado o procedimento, ele precisou ser resgatado do congestionamento da capital do Estado pela tripulação do Águia 4, um dos helicópteros da Polícia Militar.
Segundo a médica cardiologista e coordenadora clínica do Programa de Transplante Cardiopediátrico do Incor, Estela Azeka, o garoto apresenta um quadro estável e já está sem o tubo de respiração. Devido à delicadeza da cirurgia, porém, ele ainda deve ficar internado por quase um mês. “O Murilo está bem. A cirurgia levou seis horas e foi um sucesso. Agora ele poderá levar uma vida normal”, conta.
Em 2013, Murilo foi diagnosticado com uma grave cardiopatia e há sete meses esperava por um órgão que fosse compatível com seu organismo. “O coração dele não funcionava como uma bomba. Quando eu o atendi no meu consultório, no ano passado, ele estava muito pálido e precisou ser internado na ocasião”, conta Estela.
Na madrugada de terça-feira, ela recebeu a notícia de que havia surgido um órgão compatível com Murilo e acionou a família. Perto das 4h, então, a família pegou a estrada com a intenção de chegar até o Incor por volta das 10h, horário marcado para o transplante. Os pais do menino ainda passaram por Garça para pegar os avôs e o tempo estava dentro do previsto.
Na entrada da capital, porém, o automóvel ficou preso no quilômetro 57 da rodovia Castello Branco em um congestionamento. Às 9h, desesperada com a possibilidade de não chegar ao hospital a tempo, a mãe do menino acionou o 190 e o helicóptero foi enviado para terminar o transporte da criança. 30 minutos depois o Águia 4 pousou no acostamento e em 20 minutos chegou até o centro cirúrgico.
Diário de Marília | Leonardo Moreno
