Pela manhã idoso é encontrado morto e a suspeita é de latrocínio, à tarde cadáver apareceu em Itambé e ainda não foi feita a identificação

Corpo estava no fundo de um vale; bombeiros tiveram que caminhar por cerca de dois quilômetros com cadáver - Alexandre de Souza 

A Polícia de Marília registrou ontem duas mortes violentas em Marília. Um dos casos pode ser latrocínio (roubo, seguido de assassinato) contra Manuel Benedito da Luz, de 83 anos, morador no Jardim Nacional (zona sul). O aposentado foi encontrado morto dentro de casa pela manhã, com suspeita de asfixia. Já no período da tarde, um cadáver foi encontrado sem cabeça no fundo de um vale, entre o Parque das Nações e o Conjunto Habitacional Marina Moretti (zona norte).

Ainda é mistério a morte de Manuel, que morava sozinho em uma casa simples da rua José Rodrigues Pinar, região sul da cidade. A empregada que trabalhava na residência relatou à polícia ter chegado para trabalhar e se deparado com o patrão morto, em um dos quartos.

Havia uma poça de sangue, possivelmente provocada por sangramento das vias aéreas do idoso, que estava com as mãos amarradas para trás e o rosto coberto. Luz teve o rosto coberto e o imóvel estava todo revirado.

De acordo com as informações colhidas pela polícia com testemunhas, era grande a frequência de mulheres na casa, principalmente garotas jovens. Algumas passavam a noite no local.

O idoso tinha imóveis alugados e guardaria no quarto o dinheiro referente aos recebimentos, além de parte de sua aposentadoria. As circunstâncias da localização do corpo e a desordem no local, com evidências de que alguém possa ter procurado objetos, leva a polícia a suspeitar que Manuel tenha sido morto e roubado.

A polícia acredita que o crime tenha ocorrido no final de semana, já que o idoso foi visto pela última vez, segundo vizinhos, no sábado. O caso foi registrado pelo Plantão Policial e será apurado pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais).

SEM CABEÇA

A polícia tenta localizar a identidade de um homem encontrado morto por volta das 14h de ontem no fundo de um vale no final da rua João Caliman (Parque das Nações), zona norte de Marília. O cadáver estava nu e sem a cabeça.

De acordo com informações do delegado Eduardo Tucunduva, a polícia foi acionada pelo arrendatário de um sítio. O homem teria desconfiado da concentração de urubus à margem do córrego Ribeirão dos Índios. Quando se aproximou percebeu que se tratava de um corpo.

A Polícia Militar e os Bombeiros foram acionados. O cadáver estava em adiantado estado de decomposição, parcialmente na água, a cerca de dois quilômetros do Parque das Nações e três do Núcleo Marina Moretti.

Informações iniciais, após a perícia, indicam que o crânio pode ter sido esmagado por algum objeto contundente e, devido ao processo de decomposição (acelerado na área lesionada), a cabeça teria sido devorada por animais.

O delegado afirmou que será feito um levantamento das queixas de desaparecimento na região e também municípios vizinhos. “Temos que aguardar o resultado da perícia e a identificação do corpo. Essa pesquisa (desaparecidos) sempre é feita nestes casos”, afirma.

Um dos únicos indícios que podem levar à identificação do corpo é uma tatuagem no braço direito. Segundo a polícia, trata-se de uma imagem que lembra uma roda com asas, em alusão a motocicletas.  (Fonte: Diário de Marília | Carlos Rodrigues)