Cerca de 1 mil servidores públicos entram em greve em Paraguaçu Paulista


Cerca de 50% dos funcionários públicos da Prefeitura Municipal de Paraguaçu Paulista entraram em greve nesta sexta-feira, dia 26. Aproximadamente 900 pessoas de todos os departamentos aderiram à paralisação, e aguardam uma negociação com o prefeito municipal, Ediney Taveira.

Solange Garms (foto - à esquerda), coordenadora do Centro de Saúde, relatou que após algumas assembleias realizadas, os servidores não tiveram os seus pedidos atendidos. "Foi feita uma assembleia em março de 2014, uma em março de 2015 e três na última segunda-feira para a gente tentar uma negociação com o prefeito, e foram insatisfatórias".

Entre as reivindicações, Solange Garms citou algumas. "Queremos que não desconte os dias parados; que aumente o cartão passe, que esse cartão foi uma lei feita por ele mesmo em 2010; a diminuição da carga horária de oito horas para seis horas, como vários municípios já fazem; cargos e carreiras e corporação do bônus".

Os departamentos estão mantendo os serviços essenciais, como a coleta de lixo que está sendo feita em 30% dos bairros e "a saúde está mantendo a troca de curativos, a entrega de medicação, o exame do pézinho e o atendimento psiquiátrico".

"Todos nós estamos amplamente amparados, porque estamos fazendo corretamente o que a lei pede, uma greve correta e bem organizada", explicou Solange.

Sobre os outros 50% de funcionários que não aderiram à paralisação, a coordenadora do Centro de Saúde explicou que "muitos têm medo, pois a greve é algo que não é da nossa cultura, mas antes de entrar pensamos muito".

O primeiro objetivo que os grevistas esperam é serem ouvidos pelo Prefeito Municipal. "Pelo bom senso do prefeito, como ele é uma pessoa sensata, eu acho que ele vai aderir a este movimento e ter uma conversa com a nossa comissão ou com o nosso sindicato. Acho que o prefeito zela pelo bem do nosso município, e como ele foi eleito pelo povo, acredito que ele vai sentar, conversar e nos dar uma resposta digna", acrescentou Solange.

Entre uma das observadoras do movimento, realizado em frente a Prefeitura Municipal, estava Fernanda (foto), mãe de uma aluna da rede pública de ensino, que falou: "Acho que os funcionários estão certos de fazerem a greve, porque a minha filha estuda em uma escola em que eu não tenho o que reclamar dos professores e funcionários, porque todos são dedicados, e eles não estão sendo reconhecidos. Agora, o prefeito acha que os funcionários não têm família? Agora quer cortar os R$ 100? Não pode. Tem que reconhecer os professores, os funcionários públicos, que estão lá todos os dias se dedicando".

Outro funcionário que aderiu à greve foi Márcio Antonio Reis (foto), motorista do Departamento de Saúde. "A nossa categoria está reivindicando um salário justo, pois o atual está muito defasado pelo nosso tipo de serviço; as horas extras são pagas até 60 horas excedidas, mas sempre passam disso; o adicional noturno faz muito tempo que a gente não recebe; as nossas diárias também estão defasadas, elas ficaram sem aumento por vários anos, e agora que ele veio dar um pouco mais de R$ 2,00 de diária a mais", disse.



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