Greve continua e servidores públicos aguardam negociação com o prefeito


Nesta segunda-feira, os servidores bateram ponto em frente à prefeitura a espera de uma negociação com o prefeito Edney Taveira, que de acordo com eles, ainda não recebeu o movimento.

De acordo com informações veiculadas no telejornal da TV TEM, um levantamento do sindicato apontou que 60% dos funcionários municipais aderiram à paralisação, já a prefeitura diz que são 20%.

Plínio Fernandes, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Paraguaçu Paulista, relatou que a greve foi tomada pelo fato das reivindicações apresentadas não terem sido atendidas pelo prefeito municipal. “Segundo o executivo, a prefeitura passa por dificuldades, mas nós estamos fazendo algumas reivindicações, e entre elas tivemos a orientação de que parte poderia estar sendo atendida, como é o caso do aumento do cartão-alimentação, a questão das faltas abonadas, a concessão dos bônus aos professores, a licença-prêmio, a redução da jornada da área da saúde para trinta horas e também o não desconto dos dias parados”.

Na sexta-feira a prefeitura informou que seguia a orientação do Tribunal de Contas, visto que Paraguaçu Paulista está no limite prudencial de gastos com pessoal, impedem o atendimento integral dos pedidos. A prefeitura já deu o reajuste da inflação aos servidores.

A funcionária do Departamento de Educação, a professora Juliana Roça, informou que eles não irão encerrar a greve até que tenham uma posição da prefeitura. “A gente tem muitos professores que aderiram à paralisação, alguns com muito medo, pois se sentiram coagidos pela direção. As informações chegam muito distorcidas. Tem diretora que não falou nada. As diretoras tiveram reuniões no Departamento, e as informações deveriam ter sido transmitidas aos funcionários e professores, e não foram”.

Lúcio Vicente Moreira, auxiliar de enfermagem, também é servidor público e contou a sua insatisfação com o salário. “Estou com quinze anos de prefeitura, e não tenho plano de carreira. Ganho um salário mínimo mais um vale de R$ 100, no qual ele quer tirar. Estamos aqui não só pela luta de salário, mas também na melhoria no atendimento na saúde”, relatou.

Até a manhã desta terça-feira, dia 30, a prefeitura não se posicionou sobre a greve.  “Iniciamos a greve na sexta-feira e até hoje não fomos chamados para uma conversa. Esperamos que isso possa acontecer o mais rápido possível, porque a greve é algo muito desgastante, tanto para nós servidores com para a população da cidade”, contou Plínio Fernandes.

Por volta das 9h de hoje, dezenas de grevistas iniciaram uma passeata, que está percorrendo as principais ruas e avenidas da cidade. Com cartazes e faixas nas mãos e alto-falante, os servidores públicos divulgam as suas reivindicações.

Confira mais fotos na galeria abaixo:



i7 Notícias
-->