Adolescente abandona escola em Assis após ameaças em rede social


Menina de 13 anos recebeu convite de amizade de um perfil falso.

 

Uma adolescente, de 13 anos, deixou de ir à escola em Assis depois que recebeu um convite de amizade em uma rede social. Com o convite, vieram ameaças de morte e o medo de sair de casa. "Ele mandou uma mensagem e eu mandei para minha amiga, porque só tinha ela de amiga em comum com ele. E ela falou que não o conhecia. Aí ele começou a mandar várias mensagens me ameaçando, que ia me matar, que queria ver minha vida um inferno. Eu estou com medo, com muito medo”, conta a jovem, que não será identificada.

A partir de então, as ameaças foram constantes. Na conversa, que ficou registrada nas mensagens da rede social, o homem disse que a estava observando há alguns dias. Ele também diz que viu a menina saindo da escola e faz ameaças para que a jovem aceite o convite dele na rede social. “Falou que me seguia na escola, que tinha descoberto tudo sobre mim. Que me viu saindo com a minha amiga da escola, que sabia onde eu morava. Falou de tudo”, lembra a adolescente.

As conversas foram salvas e entregues a Polícia Civil. Assustada com a situação, a mãe da adolescente, que preferiu não se identificar, registrou um boletim de ocorrência e pediu a transferência dela de escola. “Ele mandou uma foto de uma jovem que ele diz que já matou e falou que ia acontecer o mesmo com ela se ela não fizesse o que ele queria”, afirma.

Esse não foi o único caso registrado pela Delegacia de Defesa da Mulher de Assis. Outras duas meninas, da mesma idade, também receberam ameaças na rede social. Para a polícia, a facilidade em criar perfis falsos possibilita crimes como este, mas quem pratica sempre deixa rastros, segundo o delegado Luiz Antônio Ramão. “Nós solicitamos a informação do provedor de quem criou esse perfil falso para identificação do seu autor.”

O inquérito foi aberto e a polícia pediu à Justiça a quebra do sigilo da rede social para identificar o autor desse perfil. O delegado ainda afirma que esse tipo de caso não é comum, mas orienta que atitude deve ser adotada. “A orientação é não ceder às pressões, às ameaças que são oferecidas. Levar o caso ao conhecimento do pai e procurar a polícia para que as providências sejam tomadas.”

Neste caso a família já tomou outras medidas além de denunciar à polícia. “Ela não acessa mais rede social nenhuma e nós estamos com muito medo do que pode acontecer”, afirma a mãe.

 


Menina deixou de ir à escola após ameaças (Foto: Reprodução / TV TEM)



Desconhecido diz que estava seguindo a jovem (Foto: Reprodução / TV TEM)


 

Do G1 Bauru e Marília



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