Lembro-me como se fosse ontem, quando minha mãe levou-me para o prézinho “Dona Leonor”, na Barra Funda. Era em 1965, eu tinha 5 anos. Ela preparou a lancheira com leite com café, pão feito em casa com margarina Claybon e embrulhadinho em guardanapo.

Lá fui meio desconfiado, ela me deixou lá, até aí tudo bem, até que no primeiro intervalo tinha que dar as mãos uns para os outros para irmos para o recreio, daí neste tempo a “prô” colocou minha mão dada com uma menininha.  Nossaaa... para que... que vergonha, só não saí correndo porque estava com muita vergonha, e também não tinha segurança para ir embora.

Quem disse que eu queria voltar no outro dia para a escola. Até que minha mãe tentou me levar, mas só foi me deixar, sai correndo, quando ela chegou em casa eu já estava lá, cheguei primeiro do que ela. Nunca mais voltei naquele parque infantil.

Como não teve jeito, minha mãe resolveu levar eu para o pré no “Peninha”. Lá sim era lugar de criança estudar,  pois não precisava pegar na mão de mulher nenhuma.  Era somente ficar em fila e pronto.  Além do mais a minha professora, a querida Dona Carmem ficou na história. Ai a coisa foi pra frente, adorei a nova escola, tudo porque não precisava pegar na mão do outro.

Adorei estudar lá, sai somente para ir na 5ª serie no “Cene”.