Ex-policial civil acusado de matar investigador pega 16 anos de prisão



Julgamento do ex-policial em Paraguaçu Paulista durou 13h

Depois de 13 horas de julgamento, o ex-policial civil Ademir Spolaor, de 44 anos, foi condenado a 16 anos e seis meses de prisão, pelo assassinato do colega de trabalho, o investigador Roberto Lopes Meira. O crime foi há quase 7 anos dentro da delegacia de Oscar Bressane. O tribunal do juri foi realizado no fórum de Paraguaçu Paulista e o acusado chegou ao local acompanhado dos advogados. Os parentes da vítima assistiram o júri vestidos com uma camiseta preta com a foto de Roberto Meira.

Os jurados reconheceram a autoria e entenderam que o crime foi praticado por motivo torpe. “Mês que vem, dia 24 de setembro, faz sete anos que este rapaz matou o meu filho injustamente. Mas Deus fez justiça e é isso que importa", diz Augusta Lopes Meira, mãe de Roberto. A defesa do réu recorreu da sentença e Ademir Spolaor vai aguardar o resultado do pedido em liberdade.

O crime foi em setembro de 2008. De acordo com as investigações, um dia antes, Meira e a esposa discutiram com a mulher de Spolaor. Os três foram parar na delegacia e, no dia seguinte, Meira e a esposa precisaram voltar para assinar o boletim de ocorrência. Foi quando Spolaor chegou, foi até a cozinha onde estava o colega de trabalho e atirou cinco vezes contra ele. O investigador não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital de Clínicas.

Spolaor respondeu o processo em liberdade. Em 2011 ele foi exonerado do cargo pela Secretaria de Segurança Pública. O julgamento começou por volta das 10h, sob o comando do juiz Pedro Luiz Fernandes Nery Rafael. A defesa do réu pediu a absolvição, alegando legítima defesa. “Era iminente, porque dois policiais armados brigando, resultaria nos fatos”, afirmou Luiz Eduardo da Silva, advogado de defesa.


Ademir Spolaor vai aguardar o resultado do pedido em liberdade

 

Homicídio qualificado

Pela manhã, três pessoas indicadas pelo Ministério Público foram ouvidas pelo júri, entre elas estão uma funcionária e um delegado, que na época do crime trabalhavam na delegacia de Oscar Bressane, e a esposa da vítima também foi ouvida e contou a versão dela do crime.

O Ministério Público representado pelo promotor Fernando Fernandes Fraga, e o assistente de acusação, José Cláudio Bravos, pediu a condenação de Spolaor por homicídio qualificado, quando há a intenção de matar. “Ele chegou atirando pelas costas, ele foi para executar”, disse José Cláudio Bravos, assistente de acusação.b

 

Fonte: G1 Bauru e Marília | Fotos: i7Notícias



i7 Notícias
-->