Estado quer professor substituto por três anos


Atualmente esses profissionais só podem permanecer nas salas de aula de SP por 12 meses

 


Hoje os substitutos ficam um ano no estado e têm de se afastar por 180 dias / Nelson Coelho/ Diário SP

O governo do estado de São Paulo deu o pontapé inicial ao projeto de reorganização da rede de ensino paulista na tarde de ontem, quando quatro sindicatos de educadores se reuniram com o secretário da Educação paulista Herman Voorwald. Na oportunidade, novos benefícios foram estabelecidos aos professores.

A partir do próximo ano, os docentes substitutos, que atuam mediante às faltas e licenças dos professores concursados, terão seu contrato de trabalho com o estado estendido, o que possibilita que lecionem por mais tempo nas escolas estaduais.

A proposta, que será enviada ao Legislativo, prevê que os substitutos atuem na rede por até três anos, dois anos a mais que o atual contrato. Somente após este período terão de cumprir os 180 dias de afastamento, conforme determina a legislação.

A mudança minimiza o impacto da ausência de profissionais em decorrência de problemas de saúde, licenças-maternidade ou mesmo por aposentadoria nas salas de aula e garante mais facilidade de gestão às escolas.

“Nossa política é pela ampliação do quadro de professores efetivos. Por isso o governador Geraldo Alckmin (PSDB) realizou o maior concurso da história do estado, com 59 mil vagas. Mas a figura do professor substituto é fundamental para garantir a continuidade das aulas mesmo com as ausências pontuais dos docentes. Aprimorar a forma de contratação garante maior estabilidade às escolas”, afirma o secretário da Educação.

Conforme o governo, já foram chamados cerca de 30 mil professores e, por meio da nova organização das escolas, pretende realizar novas chamadas a partir do ano que vem.

A reorganização da rede estadual prevê que já no início do ano efetivo de 2016 haja redução de unidades com três ciclos de ensino (1 ao 5 do fundamental, 6 ao 9 do fundamental e ensino médio) e cresça a quantidade de escolas com apenas um ciclo.

Com unidades segmentadas por faixa etária e foco pedagógico por ciclo, a ideia é que os alunos ganhem com a melhor qualidade do ensino e dos ambientes escolares.

Segundo a pasta estadual, a proposta “corrobora a política de valorização dos docentes da rede paulista, que garantiu 45% em reajustes salariais nos últimos quatro anos”. Neste ano, sempre conforme a secretaria, o governo pagou “o maior bônus de sua história, que ultrapassou R$ 1 bilhão para os profissionais das escolas que apresentaram melhorias em seus indicadores educacionais”.

 

Por: Diário de S. Paulo 



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