Ricardo Alexandre da Silva morreu depois de atendimento no pronto-socorro.
Radialista morreu após erro médico, segundo sentença (Foto: Reprodução / TV TEM)
A Prefeitura de Assis foi condenada a pagar uma indenização de R$ 100 mil à família do radialista Ricardo Alexandre da Silva, de 34 anos, que morreu depois de ser atendido no pronto-socorro. Segundo a sentença, houve um erro médico no diagnóstico da doença. O processo correu dois anos na Justiça até a decisão que condenou a prefeitura.
Ricardo Pitty, como era conhecido na cidade, morreu em outubro de 2013, depois de idas e vindas ao Pronto-Socorro Municipal que funcionava nesse prédio, anexo ao Hospital Regional.
O advogado da família Ernesto Nobile disse que, na época, Ricardo foi tratado de uma simples gripe e liberado, mas ele piorou e só depois que os amigos se reuniram e pagaram uma consulta particular, foi descoberta uma doença mais grave. “O médico fez o raio-X do pulmão dele e viu que estava tomado. Imediatamente mandou ele voltar para o Hospital Regional e ser internado na UTI.”
Na época o atestado de óbito não informou a causa da morte, mas depois de quinze dias, o laudo do Instituto Adolfo Lutz mostrou que Ricardo estava com leptospirose, e que a falta de um tratamento adequado, acabou agravando o estado de saúde dele, evoluindo para uma pneumonia.
A prefeitura tentou recorrer ao Tribunal de Justiça dizendo que não teve erro médico no diagnóstico, mas o tribunal não aceitou e, por unanimidade, condenou o município a indenizar a família. “O último recurso seria o Superior Tribunal de Justiça”, explica o advogado.
A Prefeitura de Assis informou que enquanto não for dada a sentença final, não vai falar sobre o assunto.
Fonte: G1 Bauru e Marília
