Após crise, Globo lançará quatro novelas ‘infalíveis’ em 2016

Os noveleiros fiéis à Globo têm motivo para festejar: a emissora prepara para 2016 tramas com forte potencial de sucesso.


 


Camila Queiroz e Klebber Toledo nos bastidores da novela Êta Mundo Bom

Os noveleiros fiéis à Globo têm motivo para festejar: a emissora prepara para 2016 tramas com forte potencial de sucesso.

A começar por Êta Mundo Bom, prevista para estrear no dia 25 de janeiro na faixa das 18h. A novela de Walcyr Carrasco terá forte sotaque caipira e abundante humor brejeiro.

O autor repetirá a fórmula que produziu êxitos de sua carreira como O Cravo e a Rosa (2000) e Chocolate com Pimenta (2003): história leve, personagens carismáticos e vilões sedutores.

No elenco, jovens talentos como Camila Queiroz (a Angel de Verdades Secretas) e Sergio Guizé, e artistas experientes a exemplo de Elizabeth Savalla e Ary Fontoura.

A Globo não tem do que reclamar das produções do início de noite exibidas este ano. A atual, Além do Tempo, e a antecessora, Sete Vidas, conquistaram bom resultado de Ibope e críticas positivas.


Retorno às origens

No final de março ou início de abril, a emissora colocará no ar Velho Chico, a nova obra rural de Benedito Ruy Barbosa.

O veterano é uma grife de novelões bem-sucedidos ambientados nos confins do Brasil. São dele Renascer (1993), O Rei do Gado (1996), Terra Nostra (1999) e também Pantanal (1990), na TV Manchete — a trama abalou a até então insuperável audiência da Globo.

Escalada inicialmente para a faixa das 18h, Velho Chico ganhou ‘up grade’ e ocupará o horário mais nobre do canal, o das 21h, como resposta à baixa receptividade de recentes novelas urbanas e ‘modernas’ como A Regra do Jogo e Babilônia.

Investir em uma história interiorana ancorada no nordeste é uma tentativa da Globo de resgatar o interesse do noveleiro tradicional e sair do onipresente (e cansativo) eixo Rio-São Paulo, escolhido como cenário de quase todas as tramas nos últimos 15 anos.

Morador de um sítio em Sorocaba, interior paulista, Barbosa criou personagens icônicos que apresentaram à maioria dos brasileiros um Brasil que eles só conheciam superficialmente.

Tais como o fazendeiro Zé Leôncio (Claudio Marzo) de Pantanal, o barão do cacau José Inocêncio (Antônio Fagundes) de Renascer e o pecuarista Bruno Mezenga (Antônio Fagundes) de O Rei do Gado.

Em Velho Chico, Fagundes será uma espécie de coronel dos tempos atuais, que defenderá seus interesses econômicos às margens do Rio São Francisco e terá conflitos com defensores do meio ambiente.

Temática interessante e atualíssima, vide a tragédia ecológica e humana de Mariana e das cidades ao longo do Rio Doce.

 

Folhetim histórico

Joaquina é o título provisório da próxima novela das 23h da emissora. A adaptação da história de Joaquina da Silva Xavier, filha única do mártir da Inconfidência Mineira Tiradentes, está sendo escrita por Márcia Prates.

Apesar de o canal ainda não ter divulgado detalhes do projeto, a produção está em alta na bolsa de apostas de 2016 pelos atores envolvidos, como Andrea Horta, que fará a personagem principal, Regina Duarte, Caio Blat e Maria Fernanda Cândido.

 

Sassaricar é a ordem

Em maio será a vez da faixa das 19h receber uma novela com cheiro de sucesso instantâneo, Haja Coração. O autor é Daniel Ortiz, elogiado por Alto Astral, exibida nesse mesmo horário até maio deste ano.

Trata-se de um remake de Sassaricando (1987), novela de seu mentor Silvio de Abreu, com o acréscimo de novos personagens e tramas.

Os saudosistas aguardam a releitura de tipos inesquecíveis como Fedora (Cristina Pereira) e Aparício (Paulo Autran).

A destrambelhada Tancinha, papel marcante na carreira de Claudia Raia, será vivida agora por Mariana Ximenes.

A boa audiência das reprises apresentadas no Canal Viva — acompanhadas por telespectadores de diferentes gerações — comprova que as novelas da década de 1980 são tão ou mais divertidas do que as tramas de hoje.

Seis meses antes de começar, Haja Coração já cria expectativa de ser uma comédia rasgada capaz de entreter as famílias que têm o hábito de jantar com a TV ligada.

 

Festa discreta

No ano das comemorações de seu cinquentenário, a Globo enfrentou crises pontuais de audiência.

O público rejeitou grandes apostas como a novela Babilônia e o humorístico Tomara Que Caia. As quatro novelas inéditas no ar atualmente registram audiência mediana.

Malhação – Seu Lugar no Mundo tem média de 14.5 pontos contra 16 da temporada anterior, Malhação Sonhos.Às 18h, Além do Tempo perdeu público ap ós a mudança de fase, em outubro, mas ainda tem índice superior ao da antecessora, Sete Vidas. O placar está em 20 pontos x 19 pontos.

No ar há três semanas na faixa das 7 da noite, Totalmente Demais possui média de 22.7 pontos. No mesmo período, I Love Paraisópolis tinha 25.

Ocupante das 21h, A Regra do Jogo se aproxima da metade de sua duração com média de 25 pontos. A novela anterior, Babilônia, terminou com o mesmo ibope, abaixo da meta de 30 pontos.

 

Fonte: diversao.terra.com.br



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