Bebê de 7 meses sobrevive por 4 dias com avó morta dentro de casa no DF

Bombeiros encontraram restos de fraldas e até fezes na boca da menina.


Bombeiros encontraram restos de fraldas e até fezes na boca da menina.

 

Uma menina de 7 meses sobreviveu após ficar quatro dias trancada dentro de uma casa ao lado do corpo da avó, no Itapoã, no Distrito Federal. Segundo o Corpo de Bombeiros, a criança foi encontrada desidratada e chegou a comer pedaços de fralda descartável e as próprias fezes.

Nikolly Maria Landim ficava com a avó enquanto a mãe, a doméstica Débora Landim Santana, de 19 anos, morava no Jardim Ingá, em Luziânia (GO), onde trabalhava.

A morte de Luzineide Paes Landim, de 46 anos, é tratada inicialmente como tendo causas naturais.

Débora diz que tentou ligar para a mãe durante quatro dias, mas ninguém atendeu. “Procurei minha tia, parentes em Goiás, mas ninguém sabia dela. Assim, decidi antecipar a visita de Natal.”

Em 22 de dezembro, quando chegou na casa do Itapoã, a mãe da menina encontrou todas as portas trancadas. Preocupada, ela chamou um chaveiro. “Ele entrou na casa e falou: ‘Mataram as duas’”, diz a mãe.

“Foi quando a Débora me ligou e todos da minha casa saíram correndo até lá. Entramos, mas a neném não tinha se mexido. Pouco tempo depois, os bombeiros chegaram. Pelo cheiro, falaram que quem cuidaria do caso seria a Polícia Civil. Entraram de novo e a bebê levantou a cabecinha para um deles”, afirmou a tia de Nikolly, a socorrista Magda Landim de Farias.

“Acreditamos que tinha pelo menos quatro dias que o corpo estava ali. A filha mesmo relatou que a última conversa com a mãe foi em uma quinta-feira [dia 17, cinco dias antes de encontrarem a bebê com vida]. E ela foi encontrada na terça. O aspecto do corpo também indicava isso”, afirma o sargento Nelson Antônio Carmo Araújo. Segundo ele, o odor no local era forte, devido ao estado do corpo de Luzineide.


A bebê Nikolly Landim em dois momentos: no hospital, logo após ser encontrada pelos bombeiros (esquerda); e duas semanas depois (direita) (Foto: Magda Lamdim de Farias/Arquivo Pessoal)

“Eu avistei o corpo em estado de decomposição. Em seguida, vi a bebê. Mexi nela, ela parecia estar morta, mas olhou na minha direção. Nesse momento, saí de dentro da casa com ela nos braços”, afirma Araújo.

“Chegando na ambulância, percebemos que ela estava com alguma coisa na boca. Foi quando retiramos pedaços de fralda. Ela chegou a querer comer a gaze que usamos”, afirma.

A menina foi encaminhada ao Hospital Regional do Paranoá (HRP), onde ficou internada por um dia. Ela chegou ao centro médico pesando 6,4 kg. Na última consulta, em 3 de setembro, ela pesava 6,575 kg.

 

Fonte: TV Globo, em Brasília



i7 Notícias
-->