Mulher dá à luz no acostamento de rodovia em Martinópolis

Segundo os bombeiros, gestação era de 35 semanas e parto foi emergencial.


Segundo os bombeiros, gestação era de 35 semanas e parto foi emergencial.

 

O técnico em informática Amílcar Kooto Ikegame, de 27 anos, sabia que a família iria aumentar. Ele e a esposa Michele Regina dos Santos Kohara, de 32 anos, aguardavam pela Manuela, a segunda filha. Porém, o que eles não imaginavam é que a bebê chegasse ao mundo em um parto emergencial, no acostamento do km 430 da Rodovia Assis Chateaubriand (SP-425), em Martinópolis. Com 2,530 quilos e 43 centímetros, Manuela nasceu na tarde desta segunda-feira (25).

Ikegame relatou ao G1 que sua mulher começou a sentir contrações e dores no início da tarde. Eles entraram em contato com o médico, que informou que a situação se tratava de um "ensaio do organismo" para o parto. Após uma hora, as dores ficaram mais intensas, e eles ligaram novamente para o médico.

"Ele falou que não era mais um 'ensaio' e pediu para irmos para Presidente Prudente, pois há a UTI [Unidade de Terapia Intensiva] neonatal, já que seria um parto prematuro, de 35 semanas. Ele disse que a gente poderia vir de carro normal", afirmou o pai.

Eles saíram de Adamantina, a cerca de 100 km de distância de Presidente Prudente, passaram por Inúbia Paulista, Sagres e, na ponte sobre o Rio do Peixe, Michele começou a passar mal e a perder os sentidos.

"Peguei o telefone, liguei para o 193 e ficou combinado de nos encontrarmos no trevo de Martinópolis e fui para lá", contou o técnico em informática.

No trevo, na Rodovia Assis Chateaubriand, a Unidade de Resgate já esperava a mulher.

"Assim que o sargento Mantovani e o soldado Emerich colocaram a Michele no veículo, a Manuela nasceu. Depois chegou a viatura do Grau [Grupo de Atendimento e Resgate às Urgências], com o doutor Antônio, a enfermeira Sandra e o cabo Bottom. Assim que as duas foram estabilizadas, foram encaminhadas para o hospital de Presidente Prudente", explicou o pai.

Segundo os bombeiros, o parto foi realizado dentro da viatura de resgate e, após a finalização, mãe e bebê passavam bem.

Nesta terça-feira (26), as duas permanecem internadas no hospital particular, em Presidente Prudente. "Foram feitos os exames e está tudo normal. Nenhuma alteração. Hoje elas tomaram banho e a Manuela mamou e foi para o quarto. Agora é só esperar as duas terem alta", enfatizou.

Enquanto Manuela vinha ao mundo, a outra filha do casal, Gabriela, de 5 anos, ficou com a tia e a avó, que só ficaram sabendo do nascimento da menina quando já estavam no hospital. A caçulinha da família chegou às 17hh38 e aumentou ainda mais a vontade de Ikegame de se tornar bombeiro.

"Só alimentou essa minha vontade. Já prestei o concurso, não passei, mas vou continuar. Vi que o trabalho do Corpo de Bombeiros foi fundamental", pontuou ao G1.

A previsão de alta para as duas é nesta quarta-feira (27).

"Por enquanto não pensamos em aumentar ainda mais a família. Mas, se vier, será bem-vindo", finalizou Ikegame.

 

Do G1 Presidente Prudente



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