Tupã deixa de arrecadar R$ 100 mil em tributos devido ao comércio informal

Comerciantes formais reclamam da concorrência desleal dos ambulantes.


Comerciantes formais reclamam da concorrência desleal dos ambulantes.

 

As 56 cidades que fazem parte da delegacia da Receita Federal de Marília não devem mais autorizar as feirinhas que ficam alguns dias nas ruas e vendem diversos produtos. A decisão foi tomada depois que comerciantes de Tupã (SP) reclamaram de concorrência desleal.

Só em uma ótica no centro as vendas caíram 30%. E para a dona do estabelecimento, o problema não é da crise econômica que ela reclama e sim o comércio de ambulantes. A loja tem ficado vazia boa parte do tempo e a comerciante não esconde as dificuldades para manter o local em funcionamento. “O aluguel é muito cato, a água e tem os impostos, nós pagamos muito imposto nas mercadorias”, reclama Gislene Cambaúva.

Na cidade, essas feiras de ambulantes são conhecidas por "feirinhas do Brás" e os organizadores conseguem uma licença de funcionamento na prefeitura e ficam por três dias na cidade, tempo suficiente para arrecadar cerca de R$ 335 mil em vendas, segundo uma pesquisa do Sindicato do Comércio Varejista de Tupã em parceria com a Federação do Comércio de São Paulo.

A pesquisa também revelou que enquanto isso o município deixa de arrecadar mais de R$ 100 mil em tributos, isso porque os donos das barraquinhas não pagam imposto sobre as mercadorias que vendem. “Tem perda no emprego também, são de 90 a 100 postos de emprego formal, pessoas que trabalham registradas e tudo certo. Portanto o impacto é muito grande, a perda é muito grande para o município e para o estado”, afirma o presidente do Sincomércio, Milton Zamora.

Com esses dados em mãos, o presidente do sindicato denunciou o comércio informal à Receita Federal de Marília e o delegado regional decidiu que as 56 cidades da região não devem autorizar o funcionamento da feira, já que estes comerciantes não pagam os impostos devidos ao governo e algumas mercadorias ainda são importadas irregularmente.

Maria Amélia Nunes do Carmo tem um comércio de roupas e achou justa a decisão da Receita Federal e disse que a concorrência entre uma loja e o comércio de ambulantes é muito desleal. “Se a lei é para todos porque nós temos que ser punidos por trabalhar corretamente”, conta.

 


Realização de feirinhas foi proibida pela Receita Federal (Foto: Reprodução / TV TEM)

 

Fonte: G1 Bauru Marília



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