Paraguaçuense tem casa mobiliada por ex-moradores de república

Em forma de agradecimento pelos anos de dedicação, Osmilda foi presenteada com alimentos, móveis e eletrodomésticos.



Osmilda com alguns dos rapazes que moravam na república em que ela trabalhou durante nove anos como empregada doméstica

Após mais de 10 anos sem se ver, a paraguaçuense Osmilda Rodrigues Pereira, de 57 anos, se reencontrou com um dos ex-moradores da república em que ela trabalhou durante vários anos como empregada doméstica. Além de trazer afeto, ele trouxe para ela grandes surpresas, que vieram em ótima hora.

Osmilda foi empregada doméstica da República Agrozorra durante nove anos. "Cerca de dez meninos moravam lá. Eles eram como filhos para mim. Eles me chamavam de 'véia', tudo com muito carinho", contou a paraguaçuense.

Há anos desempregada e sem receber aposentadoria, Osmilda mora com uma sobrinha, que possui necessidades especiais. "Minha irmã faleceu há seis anos. Antes da morte ela pediu para eu cuidar da filha dela. Vivemos apenas com a aposentadoria dela", falou a ex-doméstica.

Com a pouca quantia de dinheiro que recebem, elas conseguem comprar apenas o essencial - alimentos. Com isso, os móveis e a casa começaram a deteriorar. Mas Maxsandro Bezerra, que era um dos moradores da República Agrozorra e hoje mora em Rondonópolis/MT, veio visitar Osmilda, e ao ver a dificuldade que ela e a sobrinha passam, resolveu entrar em contato com os outros ex-moradores e ajudar elas.

"Ele veio aqui na quarta-feira me visitar, aí na quinta ele trouxe para mim um monte de alimentos. Na sexta-feira, ele veio novamente e logo atrás veio um caminhão. Aí só foi alegria", explicou Osmilda, toda feliz.

Em forma de agradecimento pelos anos de dedicação, Osmilda foi presenteada com geladeira, armário de cozinha, cama, guarda-roupas, jogo de sofá, tanquinho de lavar roupa, mesa com cadeiras e ventilador.

"Foi Deus que fez tudo isso. É difícil alguém fazer isso", disse a paraguaçuense.

Vendo a precariedade do imóvel que Osmilda mora com a sobrinha, os ex-moradores da república vão se empenhar em fazer a reforma do local.

"Todos os dias eu acordo chorando de felicidade, é emoção demais. Que Deus abençoe eles, que de muita saúde para eles. Deus foi bom, foi maravilhoso de ter lembrado de mim. A gente que se esquece Deus, porque Deus não se esquece da gente", concluiu a ex-empregada doméstica.

Fotos e reportagem: Manoel Moreno

 



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