Câmeras levaram à identificação de carro e prisão de suspeito de latrocínio em Rancharia

Câmeras levaram à identificação de carro e prisão de suspeito de latrocínio em Rancharia


Polícia Civil relata como foi o trabalho técnico realizado nas investigações.

 

O delegado Pablo França, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), relatou ao G1 que foi realizado pela Polícia Civil de Rancharia um trabalho “grandioso” de monitoramento e inteligência para identificar o veículo utilizado no latrocínio registrado na cidade nesta quinta-feira (29) e que vitimou um empresário de 45 anos (foto ao lado). Com os dados do emplacamento e características em mãos, na manhã deste sábado (31) a Polícia Militar se deparou com o carro, um Fiat Uno com placas de Presidente Prudente, e deteve o primeiro suspeito de envolvimento na ocorrência. Ele prestou depoimento e confessou sua participação como motorista, bem como apontou os coautores. Um segundo suspeito também foi detido, mas nega a participação no crime.

Conseguir os dados das placas do veículo foi “muito difícil”, conforme afirmou o delegado. “Foi um trabalho muito grande da Polícia Civil de Rancharia na identificação. Temos muitas câmeras em locais públicos, mas de boa qualidade para conseguir esse trabalho técnico, é muito difícil”, explicou.

Com a identificação do Fiat Uno feita por câmeras, foi possível descobrir a quem o carro pertencia. “A partir desse trabalho [de inteligência] foi possível levantar toda essa rede de proprietários do veículo até chegar a esse primeiro suspeito, preso na manhã deste sábado. E com a prisão do primeiro, fica mais fácil o reconhecimento de todos os outros”, contou França ao G1.

 

‘Cavalo’

Em depoimento à Polícia Civil, o primeiro detido confirmou sua participação no crime. “Existem muitas provas contra alguns dos suspeitos, inclusive ele”, disse. “Primeiro, ele recusou e negou tudo, mas depois de observar tudo o que tinha de prova contra, ele acabou cedendo e utilizando de um artifício processual penal que é a confissão, que beneficia”, explicou o delegado. “Ele confessou o crime e deu riqueza de detalhes, o que prova que ele realmente participou”, declarou ao G1.

“A função deste que foi preso pela manhã, era a de levar e trazer, que no meio policial, chamamos de ‘cavalo’”, contou. “Então, ele levou os dois indivíduos para o roubo ciente de que haveria o crime, ciente de que eles estavam armados, viu quando ambos entraram, um deles armado, ouviu o disparo e ouviu da boca de um deles que teria sido o autor do disparo de arma que levou a óbito uma das vítimas”, relatou França.

Com base nas informações prestadas pelo detido em depoimento e todo o trabalho de inteligência feito, “está sendo possível a identificação dos outros dois”, de acordo com o delegado.

O homem de 54 anos foi visto pela Polícia Militar em seu veículo em Presidente Prudente por volta das 9h30 deste sábado (31). Ele desobedeceu a ordem de parada dos agentes e fugiu pela Rodovia Raposo Tavares (SP-270). O indivíduo só parou após bater em um VW Voyage, no trevo de Presidente Bernardes.

 


Suspeito só foi abordado após bater o carro que dirigia (Foto: Stephanie Fonseca/G1)


Segunda prisão

Durante a tarde deste sábado (31), um segundo suspeito de envolvimento no latrocínio também foi detido. Este, conforme França, é semelhante ao retrato falado divulgado pelo Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter-8) nesta sexta-feira (30). “É quem acreditamos que possa ser o executor do disparo. Ainda não podemos asseverar, porque depende do apontamento das pessoas que estavam na cena do crime. Fazemos um trabalho de possibilidades e dependemos muito de testemunhas e vítimas. Assim que estiver formalizado o trabalho com essas pessoas, que ainda estão abaladas ou viajando”, a confirmação será obtida, explicou França ao G1.

Para este segundo suspeito, já foi representada a prisão temporária.

O retrato falado deu um direcionamento aos policiais e se espalhou pelas redes sociais. “Fica muito fácil excluir suspeitos e, dentro do perfil, o suspeito é bastante semelhante”, comentou. Porém, “isso não é suficiente para apontar a autoria, mas diante de outros meios de prova e outros indícios, foi o suficiente para a prisão para a investigação”, explicou, ainda.

O segundo detido nega a participação no crime, conforme o delegado. “Apesar de não apontar o álibi, ele nega. Ele diz que estava com um monte de gente, pedimos que ele aponte uma pessoa que confirme o horário e ele diz: ‘as pessoas sabem que estava em determinado lugar, mas que eu saía e voltava toda hora’. Então ele não tem álibi e nega a autoria do crime. Mas ele também não tem noção de tudo que já temos”, relatou.

Ainda conforme França, já há um indicativo do terceiro envolvido. Os três suspeitos são moradores de Presidente Prudente.

 

Fonte: G1 Presidente Prudente



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