Morre mãe de bebê carbonizado durante incêndio em Assis

O pai da criança, Danilo dos Santos Costa, é o principal suspeito de atear fogo no imóvel.


Francini Andrade Moraes, de 23 anos, não resistiu aos ferimentos.

 


O pai da criança, Danilo dos Santos Costa, é o principal suspeito de atear fogo no imóvel (Foto: Reprodução/TV TEM)


Morreu, na manhã deste domingo (22), a segunda vítima do incêndio em uma residência de Assis que ocorreu no sábado (21). Francini Andrade Moraes, de 23 anos, estava internada em estado grave no Hospital Estadual de Bauru e não resistiu aos ferimentos causados pelo fogo, segundo o delegado Luiz Antônio Ramão. Francini era mãe da menina de um ano que morreu carbonizada no incêndio em que o pai é o principal suspeito.

Testemunhas disseram à polícia que, quando o fogo começou, o homem de 29 anos já estava do lado de fora e a porta estava trancada com cadeado pelo lado externo, o que acabou dificultando a saída família.

“O que nós estamos apurando é que a casa estava trancada por fora com cadeado e ele assistia a tudo sem nenhuma reação, não arrombou ou estourou a porta para que saíssem os que dentro da casa se encontravam. Isso aliado ao depoimento da testemunha faz com que nós nos convençamos de que ele foi o autor desse incêndio", explica o delegado.

Além da criança, outras cinco pessoas estavam na casa e duas delas ficaram feridas. A mãe da criança, de 23 anos, chegou a ser socorrida com ferimentos grave, encaminhada ao Hospital Regional de Assis e transferida à ala de queimados do Hospital Estadual de Bauru. No entanto, Francini não resistiu aos ferimentos e morreu. A sogra do suspeito, que também mora na casa, teve queimadura leves, foi socorrida e recebeu alta.

O suspeito Danilo dos Santos Costa foi levado para cadeia de Lutécia e vai responder por homicídio duplamente qualificado, por usar meio cruel e impossibilitar defesa. Ele também vai responder por tentativa de homicídio. O pai das crianças nega que tenha ateado fogo na casa, segundo o delegado Luiz Antônio Ramão.

"Segundo os vizinhos, as brigas entre o casal eram constantes, com uso de álcool e drogas ilícitas também. Às vezes o suspeito desse incêndio dizia que atearia fogo na casa, o que teria sido feito com a família no interior da residência e ele do lado de fora", diz o delegado.

A dona de casa Ivone de Lima mora bem ao lado da família e estava acordada quando o incêndio começou. "Eles começaram a brigar e ele falou para ela: vou matar você, vou tacar fogo. Daqui a pouco escutei um baque, já estava amanhecido, mesma coisa de uma bombinha, ai já vi a fumaça e sai correndo", lembra.

O vendedor Vanderlei Pedroso Pinheiro e outros vizinhos ajudaram a retirar da casa as crianças de 8, 6 e 2 anos, mas a menina de um ano, eles não acharam. "Estava trancada a casa, gritou socorro, salva minhas crianças. Eu e um colega meu arrombamos a porta, puxamos e salvamos as três crianças e a mulher que estava desmaiada, só que o nenezinho nós não achamos. Ele engatinhou, se escondeu.”

A bebê foi encontrada pelos bombeiros depois que o fogo foi apagado. Ela morreu carbonizada ao lado da cama da mãe e foi enterrada em seguida. As crianças foram levadas pelo Conselho Tutelar para uma casa abrigo.

A avó das crianças conta que dormia quando o incêndio na casa começou. Ela ficou ferida e já teve alta do hospital. "Eu dormi com as quatro crianças do meu lado, só que a nenê mama peito foi com a mãe, eu dormi e não vi nada. Eu acordei com um rapaz esmurrando a minha porta que estava saindo fumaça. Arrombei a porta embaixo e salvei as três crianças, mas a outra não deu”, conta emocionada Adriana Fiuza.

 


     Porta estava trancada, segundo o delegado (Foto: Reprodução/TV TEM)

 

Fonte: G1 Bauru e Marília



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