Meu primeiro carro



Mas que felicidade quando eu comprei meu primeiro carro, foi um tanto meio complicado, pois não tinha o dinheiro suficiente para pagá-lo. Porém, tinha um amigo, o Milo dos Anjos que tinha um primo, o Cirinho Willy, que trabalhava em uma agência de veículos em São Paulo.

Um certo dia, ele me ligou e disse que havia entrado um Chevette, ano 73, que estava jóia, mas como eu iria pagar? Cirinho garantiu que dava um jeito. Então, eu e Milo fomos de ônibus até a capital. Chegando lá fomos ver o carro, o Chevetão, amarelo mostarda, bem queimado, quando acelerava saia um tufo de fumaça. Cirinho disse que acontecia isso por que fazia muito tempo que estava parado, mas já que estava lá, comprei o carro. Lembro-me que dei um pouco de dinheiro e o resto eu depositaria todos os meses na conta do cirinho e ele repassava para empresa.

Retornamos para Paraguaçu, como eu não sabia dirigir bem ainda, Milo veio dirigindo para mim, pois ele me disse que sempre dirigia um trator no deposito de areia que eles tinham na cidade.  Entao achei melhor ele vir dirigindo mesmo ele sendo de menor e sem carta, pois ele tinha mais pratica que eu... Nossa! Durante a viagem sentíamos aquele cheiro de óleo queimado. Será que eu tinha feito um bom negócio? Ao acelerar, em vez da fumaça ir para fora, ela ia para dentro do carro, pois havia um buraco no assoalho, bem no meio. Resumindo: lataria - meio podre, de um lado estava estufada; assoalho – cheio de buracos; pneus – carecas, farol – apenas um funcionava.

A viagem se tornou muito longa e cansativa, mas afinal, tudo se resumia em alegria.

Já na terrinha, só diversão. Na próxima semana, relatos dele em aventuras pela nossa cidade.

 



i7 Notícias
-->