Jovem acusado de matar o amigo para roubar celular é preso em Ourinhos

O delegado contou também que o autor não demonstrou arrependimento, que apenas disse que estava aliviado.


 


Willian de Tarso Cruz confessou ter matado Gean Melo
 

A DIG - Delegacia de Investigações Gerais de Ourinhos prendeu na manhã de quinta-feira (20), Willian de Tarso Cruz, 18 anos, acusado de matar seu amigo Gean Melo, de 23 anos, com dois disparos de arma de fogo. O crime aconteceu no dia 03 março de 2017.

Em entrevista exclusiva ao Ourinhos Notícias, o delegado titular da DIG, João Ildes Beffa, explicou que através do Setor de Inteligência da Polícia Civil foi possível esclarecer o crime que foi registrado na delegacia de Ribeirão Claro-PR, na época como Homicídio Qualificado, e após as investigações chegou-se a confirmação de se tratar na verdade de Latrocínio (roubo seguido de morte).

Beffa contou que os familiares de Gean o procurou na DIG, e pediram para que ele e sua equipe investigassem o crime. Diante disso, Beffa, juntamente com o delegado assistente André Rossignoli, investigadores e escrivães, passaram a investigar o caso. Após um mês e meio de trabalho, a DIG deu uma resposta para a família e a sociedade, prendendo o acusado do crime em sua casa.

“Depois de todo o trabalho de campo, coleta de dados e informações, pedimos ao Juiz da Comarca de Chavantes o Mandado de Busca Domiciliar que foi expedido. Na manhã de quinta – feira (20) fomos em dois endereços, um deles foi a casa de uma testemunha, o primo do autor, local onde o criminoso passou a noite após matar o amigo. Na sequencia, fomos à casa de William e lá encontramos o aparelho celular da vítima, que foi a motivação do crime. Dessa forma, ficou claro se tratar de um latrocínio e não de um homicídio como inicialmente foi registrado”, detalhou o delegado.

Segundo o delegado, Gean, em seu depoimento, confessou que planejou a ação, ligou e mandou várias mensagens no dia dos fatos para Gean, a fim de se encontrarem à noite próximo a Ponte Pênsil, lugar já frequentado por eles. Um dia antes do crime, Willian percebeu que Gean havia trocado de celular, e como ele não tinha condições de comprar, decidiu que iria roubar o do amigo.

William contou que Gean passou na cidade, lhe pegou e ambos foram para as margens do Rio Paranapanema, local que sempre iam para conversar. Em dado momento, Willian, que estava em posse de uma arma modelo 765 que confessou ter furtado em uma fazenda, disparou contra Gean.

“Eu querendo aquele aparelho celular não pensei mais em nada. Assim que ele desceu do carro eu dei um tiro, ele estava de costas, acertei a nuca, ele caiu, eu nem olhei e já fiz outro disparo. Em seguida, eu peguei o celular e o um vidro de perfume, entrei no carro e vim para Chavantes. No caminho arremessei a arma em um canavial, em seguida parei o carro, coloquei fogo no estofamento e vim embora a pé para a cidade. Fui direto para a casa de meu primo onde passei a noite”, contou Willian com exclusividade ao Ourinhos Notícias.

O delegado contou também que o autor não demonstrou arrependimento, que apenas disse que estava aliviado. Quanto a arma usada para assassinar Gean, de acordo com o delegado, não foi localizada.

Willian de Tarso vai responder pelo crime de Latrocínio com pena prevista de 12 a 30 anos de reclusão. Ele foi conduzido à cadeia de Cerqueira César, onde permanecerá à disposição do Poder Judiciário.

 

Fonte: Ourinhos Notícias



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