Para Sindicato dos Bancários, Reforma da Previdência será um retrocesso para o Brasil

Para o presidente do Sindicato, depois da greve geral, deputados ficaram com medo de não se reelegerem em 2018 e não quiseram aprovar a proposta de Temer de acabar com a aposentadoria.


O governo quer fazer parecer que recuou, mas na realidade a nova proposta de reforma da Previdência continua retirando direitos e sendo injusta com quem mais trabalhou na vida, além de não mexer com os privilégios dos que mais ganham.

Para o Sindicato dos Bancários de Assis e região, que sempre debateu a importância da Previdência Social e lutou contra a retirada de direitos dos trabalhadores, é preciso explorar outras fontes que compõem o orçamento da Seguridade Social, como a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), Confins e PIS-PASEP, além de combater a sonegação.

“Temer voltou atrás e apresentou essa nova versão que está nos jornais há alguns dias, além de fazer uma propaganda na televisão dizendo que a reforma é para cortar privilégios. Mas esquece de dizer que se aposentou aos 55 anos e recebe mais de R$ 30 mil por mês de aposentadoria do Ministério Público de São Paulo. A crueldade só atinge os mais pobres, sempre”, critica o presidente do Sindicato, Helio Paiva Matos.

Para o presidente do Sindicato, depois da greve geral, deputados ficaram com medo de não se reelegerem em 2018 e não quiseram aprovar a proposta de Temer de acabar com a aposentadoria.  “Temer retirou proposta do Congresso e, agora, apresentou outra tão ruim quanto a outra.”

O dirigente reforça que “a perversa reforma da Previdência, que quer acabar com o sistema público de aposentadorias para jogar essa enorme poupança da sociedade no colo do sistema financeiro. Os trabalhadores não aceitam essa falsa reforma que ataca uma conquista histórica da classe. E se o governo golpista insistir em tentar votar,  o desafio está feito: O Brasil vai parar!”, ameaça.

O relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, apresentou na noite de quarta-feira, 22, o novo texto que tem por objetivo viabilizar a aprovação das mudanças. Segundo o relator, o novo texto simplifica a PEC para, dessa forma, viabilizar a aprovação da medida.

Idade mínima – Continua a fixação da idade mínima de aposentadoria de 65 anos para homens e 62 para mulheres, como estava no texto original. Professores e policiais passam a cumprir exigência de 60 anos e 55 anos, respectivamente, sem distinção de gênero. A unicidade de tratamento entre trabalhadores públicos e privados foi mantida como no texto original.

Tempo mínimo – O tempo de contribuição mínima para aposentadoria no Regime Geral da Previdência Social (RGPS), dos trabalhadores privados, foi diminuído para 15 anos, enquanto o do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), dos servidores públicos, permaneceu em 25 anos. Com 15 anos no RGPS, o trabalhador se aposenta com 60% da renda média de contribuição. No RPPS, a partir do mínimo de 25 anos de contribuição, o servidor começa com 70%. O tempo para se aposentar com 100% da renda média de contribuição ficou em 40 anos, como na proposta original.

Transição – O texto estabelece uma transição de acordo com o regime de aposentadoria e o tempo de serviço. No regime geral, quem contribuir pelo período mínimo de 15 anos, receberá 60% da aposentadoria. No caso de servidores, quem completar 25 anos de contribuição terá 70% do benefício.

 

Ello Assessoria de Imprensa



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