A região de Bauru também tem alvo na operação desencadeada pela Polícia Federal (PF), na manhã desta quinta-feira (12), que investiga fraudes em fundo de pensão.
Mandados de busca e apreensão de pessoas jurídicas estão sendo cumpridos em Assis e Paranapanema, no trabalho que é um desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro.
Agentes da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) já prenderam, na manhã de ontem, o empresário Arthur Mário Pinheiro Machado e o economista Marcelo Borges Sereno, no Rio de Janeiro. Ao todo, os agentes tentam cumprir 10 mandados de prisão no Rio, em São Paulo e em Brasília contra suspeitos de fraudar os fundos de pensão Postalis (dos Correios) e Serpros (Serpro - Serviço de Processamento de Dados do governo federal).
Segundo a investigação, os fundos mandavam dinheiro para empresas no exterior para pagar a prestação de serviços inexistentes. O dinheiro era espalhado por contas de doleiros e voltava ao Brasil para suposto pagamento de propina.
O esquema funcionava através de dois doleiros do ex-governador Sérgio Cabral, que ajudavam a trazer dinheiro em espécie de volta ao país. De acordo com os investigadores, uma empresa de Arthur teve movimentação suspeita de R$2,8 bilhões.
A decisão é do juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal. Essa é a primeira vez que a Lava Jato do Rio chega a fundos de pensão.