Síndrome Mão-Pé-Boca mobiliza Saúde e Educação de Paraguaçu

A Prefeitura informou que as equipes dos Departamentos de Saúde e de Educação estão fazendo ações preventivas e de orientação.


A Prefeitura informou que as equipes dos Departamentos de Saúde e de Educação estão fazendo ações preventivas e de orientação.



A síndrome mão-pé-boca ainda é uma doença causada por vírus, é mais frequente em crianças menores de cinco anos, mas também pode afetar adultos. Ela tem esse nome justamente porque as lesões que causa na pele surgem nos pés, nas mãos e no interior da garganta (Divulgação)
 

Altamente contagiosa, a síndrome mão-pé-boca ainda é pouco conhecida pelas pessoas. Para informar a população sobre o assunto, a Prefeitura de Paraguaçu Paulista, por meio das equipes dos Departamento de Saúde e de Educação, está promovendo ações preventivas e de orientação. Uma dessas ações foi realizada na última quinta-feira (12), quando profissionais da saúde e da educação municipais receberam treinamento para lidar com a situação no município.

A doença, causada por vírus, é mais frequente em crianças menores de cinco anos, mas também pode afetar adultos. Ela tem esse nome justamente porque as lesões que causa na pele surgem nos pés, nas mãos e no interior da garganta. Geralmente tem evolução autolimitada, ou seja, possui períodos definidos de início e término dos sintomas.

Segundo a diretora do Departamento de Saúde, Cristiane Bonfim, o diagnóstico da síndrome é clínico, baseado nos sintomas, localização e aparência das lesões. Ela informou também que não há tratamento específico para a síndrome. “A doença regride espontaneamente depois de alguns dias. Por isso, na maior parte dos casos, o tratamento é realizado com antitérmicos e anti-inflamatórios com o objetivo de tratar os sintomas. O ideal é que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem, apesar da dor de garganta", explica a diretora.

O período de incubação do vírus é de quatro a seis dias. Geralmente, a síndrome começa com uma febre (38º C a 38,9º C). Um a dois dias depois, aparecem aftas dolorosas e gânglios aumentados no pescoço. Em seguida, podem surgir nos pés e nas mãos pequenas bolhas não pruriginosas e não dolorosas, de cor acinzentada com base avermelhada. Estas lesões podem aparecer também na área da fralda (coxas e nádegas) e, eventualmente, geram coceira.

Em geral, os sintomas regridem juntamente com a febre, entre cinco e sete dias, mas as bolhas na boca podem permanecer até quatro semanas. É comum que a criança também sofra de dores de cabeça e acentuada falta de apetite. "Entre um a dois dias após o início da febre, surgem lesões características na boca que geralmente começam como pequenas manchas vermelhas. É importante prevenir, pois a maioria dos casos ocorre de forma benigna e autolimitada e as lesões regridem espontaneamente e sem cicatrizes", esclarece Cristiane Bonfim.

Outra orientação da Saúde é que a desidratação é a complicação mais frequente nas crianças, em virtude da febre e da ingestão inadequada de líquidos, uma vez que a síndrome provoca dor ao engolir. Por isso, é importante manter os pequenos bem hidratados.

 

Transmissão

Os vírus que causam a síndrome mão-pé-boca podem ser transmitidos pela pessoa infectada pela via oral ou fecal, por meio do contato direto com secreções da respiração, por feridas que se formam nas mãos e pés e por alimentos e de objetos contaminados.

Mesmo depois de recuperada, a pessoa ainda pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas. As crianças que contraem a doença são orientadas a ficar longe da escola até estarem completamente restabelecidas.

 

Prevenção

O Departamento de Saúde esclarece que ainda não existe vacina contra o vírus que transmite a síndrome. Por isso, as principais medidas de prevenção são: lavar as mãos frequentemente com sabão e água, especialmente depois de trocar fraldas e usar o banheiro; limpar e desinfetar superfícies tocadas com frequência e itens sujos, incluindo brinquedos; evitar contato próximo, como beijar, abraçar ou compartilhar utensílios ou xícaras com pacientes.

“Não há necessidade de fazer alarme ou criar pânico entre a população, pois adotamos as medidas necessárias para conter um possível surto. Os profissionais da saúde e da educação estão orientados a atender e encaminhar corretamente as crianças que apresentarem os sintomas, e as crianças estão sendo orientadas a se prevenirem adotando medidas simples como lavar sempre as mãos”, relatou a diretora de Saúde Cristiane Bonfim.

 


Profissionais da Saúde e da Educação de Paraguaçu Paulista receberam treinamento para prevenção e tratamento da síndrome mão-pé-boca, doença causada por vírus (Foto: Depto. Saúde/Cedida)



i7 Notícias
-->