Justiça de Marília decide manter preso pai que não aceita filho gay

O ajudante de pedreiro disse que sua motivação foi em decorrência de um relacionamento amoroso mantido pelo filho, o qual ele não aprova.


A Justiça negou pedido de liberdade para o ajudante de pedreiro Ederson Vila Nova, de 36 anos, preso em flagrante após ameaçar matar a esposa com uma faca no último dia 5 de fevereiro deste ano.

O caso foi registrado no Jardim Itamarati, zona Leste de Marília. A decisão da 2ª Vara Criminal da Comarca de Marília manteve a prisão do indiciado sob alegação de um comportamento agressivo de Ederson Nova e risco de vingança contra familiares.

Em depoimento, o ajudante de pedreiro disse que sua motivação foi em decorrência de um relacionamento amoroso mantido pelo filho, o qual ele não aprova.

“Ederson convive em união estável com a vítima e é pessoa agressiva. Não se conformando com o relacionamento amoroso mantido pelo filho comum do casal, apoderou-se de um facão e de um pedaço de madeira e ameaçou a mulher e seu filho de morte […] Enquanto a mulher acionava a Polícia Militar, Ederson correu atrás do filho e de sua mãe e, com as armas em punho, também os ameaçou”, declarou o juiz Jose Augusto Franca Junior.

Diante da decisão da Comarca de Marília, Ederson Nova continuará preso em regime fechado na Penitenciária de Marília, aguardando seu julgamento.

 

O crime

Conforme a Polícia Militar, Ederson Vila Nova discutiu com a mulher e se apoderou de um facão com 35 centímetros de lâmina, um pedaço de madeira de 70 centímetros e disse que iria matá-la.

Durante a abordagem, outra mulher acionou os militares informando que Ederson Nova havia perseguido dois adolescentes com o facão e o pedaço de madeira naquela rua – a justificativa era que os rapazes seriam homossexuais.

Diante dos fatos, Ederson Nova foi preso em flagrante por violência doméstica e conduzido até a Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Marília, onde o delegado de plantão ratificou sua prisão.

 



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