Paraguaçu Paulista tem mais de mil casos de dengue

As ações do Departamento de Saúde de Paraguaçu têm servido de modelo para outros municípios da região, mas a população tem que colaborar.


As ações do Departamento de Saúde de Paraguaçu têm servido de modelo para outros municípios da região, mas a população tem que colaborar.

 


Paraguaçu Paulista tem 1.054 casos positivos de dengue e 1.448 notificações, conforme dados do Departamento de Saúde,
atualizados nesta terça-feira (Foto: Reprodução)

 

Paraguaçu Paulista tem 1.054 casos positivos de dengue e 1.448 notificações, ou seja, aqueles que estão em investigação e que podem ou não ser confirmados como sendo a doença transmitida pelo Aedes aegypti. A informação é do Departamento de Saúde da Prefeitura de Paraguaçu com dados atualizados até a terça-feira, dia 23.

Na região, a situação também vem se agravando com casos até de morte por dengue. Foi o que aconteceu em Bastos, onde a Secretaria da Saúde confirmou nesta terça-feira (23) a primeira morte por dengue na cidade, que tem 15 casos registrados da doença.

Com esta morte, o Centro-Oeste Paulista já contabiliza 15 óbitos causadas pela dengue. Só em Bauru foram registradas 12 mortes e em Tupã outras duas.

Na vizinha Ibirarema, uma mulher de 49 anos morreu com suspeita de dengue hemorrágica também nesta terça-feira. A cidade de cerca de 7,6 mil habitantes e que se destacava no início do ano por ter índice zero de infestação do mosquito da dengue, agora já tem 16 casos da doença confirmados.

Além dos casos clinicamente confirmados pelo Instituto Adolfo Lutz, a região também vem registrando mortes que são tratadas como suspeitas e à espera de confirmação.

 

População ainda não colabora

Em Paraguaçu não há registro de morte por dengue, mas há registro do descuido da população no combate à doença.

No que diz respeito às ações da gestão pública, tudo o que é possível está sendo feito. Mais de 60 agentes estão nas ruas, buscando eliminar possíveis criadouros do Aedes aegypti, os departamentos municipais têm trabalhados juntos para multiplicação das informações e de orientações sobre como se prevenir contra a doença, arrastões já foram feitos, são mantidas salas de hidratação nas unidades de saúde como CEM (Centro de Especialidades Médicas), Unidade da Mulher (Para Gestantes), Barra Funda XII e Vila Popular.

Já a população, de modo geral, tem se mostrado resistente a uma mudança de comportamento, mantendo hábitos que podem prejudicar sua própria saúde. Um exemplo disso são os terrenos baldios, cujos proprietários não realizam as limpezas necessárias, criando ambiente propício para a proliferação do mosquito da dengue e de animais peçonhentos como escorpião.

Em busca de uma solução, a Prefeitura iniciou a notificação desses proprietários, de que serão multados caso não façam a limpeza dos terrenos baldios. Até meados de abril, foram cerca de 2.800 notificações.

 

Ações de Paraguaçu é exemplo

Na empreitada contra o mosquito Aedes aegypti, as ações do Departamento de Saúde de Paraguaçu têm servido de modelo para outros municípios da região.

A diretora de Saúde, Cristiane Bonfim e o coordenador das ações de controle de vetores do Departamento de Saúde, Josué Campos Sena, foram convidados pelo prefeito de Florínea Paulo Eduardo Pinto para falar sobre força tarefa contra a dengue realizada em janeiro último, pelo êxito que teve.

Cristiane Bonfim relata que foi um momento importante para destacar a necessidade da participação da comunidade também naquele município. “Podemos ter a equipe que for, podemos ter o Exército em campo, que não dará conta da missão de eliminar a transmissão da dengue se a população não colaborar fazendo também sua parte”, salienta a diretora Cristiane.

 


“Podemos ter a equipe que for, podemos ter o Exército em campo, que não dará conta da missão de eliminar a transmissão da dengue se a população não colaborar fazendo também sua parte”, salienta a diretora Cristiane, acompanhada do coordenador Josué em evento realizado em Florínea (Foto: Depto. Saúde/Cedida)

 



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