Ex-diretor do departamento de trânsito de Assis é preso suspeito de fraudar multas

Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi aberta em janeiro de 2018 para investigar o esquema fraudulento.


Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi aberta em janeiro de 2018 para investigar o esquema fraudulento. Relatório final apontou que um único agente chegou a aplicar mais de mil multas em único mês.

 


Ex-diretor do Departamento de trânsito de Assis é preso acusado de fraudar aplicação de multas - Foto: Polícia Civil/Divulgação
 

O ex-diretor do departamento de trânsito de Assis (SP), Leonardo Godói Palma, foi preso pela Polícia Civil na manhã desta sexta-feira (10), no litoral paulista, em Ubatuba (SP), acusado de fraudar multas na cidade.

Leonardo estava em um hotel da cidade no momento em que foi abordado. Ele era investigado acusado de envolvimento em irregularidades administrativas e funcionais, e deve permanecer na delegacia de Ubatuba até ser transferido ao anexo de detenção provisória.

A operação foi deflagrada após várias reclamações feitas em 2018 por cidadãos que afirmavam ter recebido multas em excesso e até autuações de infrações que não teriam cometido. Desde então, o ex-diretor continuava foragido.

 

‘Fábrica de multas’


Ex-funcionária, Alessandra da Silva, foi ouvida durante uma sessão na Câmara de Assis (SP) - Foto: Reprodução/TV TEM
 

Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi aberta em janeiro de 2018 para investigar o esquema que ficou conhecido como “fábrica de multa” em Assis (SP). O relatório final apontou que houve fraude na aplicação de multas de trânsito na cidade.

A Polícia Civil fez buscas no departamento de trânsito, apreendeu computadores e documentos e encontrou R$ 5 mil na gaveta do ex-diretor do departamento de transito. Enquanto as investigações estavam em andamento, a Prefeitura de Assis optou por afastar o chefe do Departamento de Trânsito da cidade.

Vários moradores já tinham feito reclamações e o esquema foi denunciado por uma ex-funcionária do departamento de trânsito em 2018. O relatório aponta várias irregularidades, inclusive que um único agente aplicou mais de mil multas em único mês. E por cada uma das multas, ele receberia R$1,73 por multa aplicada.

 



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