A venda de carros novos disparou nos últimos anos e a procura pelos equipados com acessórios adicionais, os chamados completos, também segue esta tendência. Porém, os itens adicionais podem aumentar o preço em 16,6%, além de subir o valor da manutenção do veículo.

Em uma concessionária de Dracena, a venda dos veículos completos cresceu cerca de 30% em um ano. “O carro com direção hidráulica é mais fácil de estacionar. A nossa região é quente, então é melhor ter ar condicionado. Por isso, o consumidor faz a opção pelos carros completos”, comenta o gerente comercial Gustavo de Freitas Vicentini.

Mas para comprar um carro completo existe um custo. Por exemplo, um tradicional popular 1.0, com ar condicionado, direção hidráulica, vidros, travas e alarme, custa R$ 35 mil, enquanto um veículo básico sai por R$ 30 mil.

O cartorário Awilson Batista diz que mesmo com o valor mais salgado, a comodidade e a segurança compensam o investimento. “Um carro completo diminui consideravelmente o risco de acidentes. Então, principalmente o freio ABS, o piloto automático, a direção hidráulica, são essenciais em um veículo atualmente”, fala.

Segundo o proprietário de uma loja multimarcas, Antonio Tanu Pardo, o perfil do comprador mudou nos últimos anos. Quando a pessoa não tem o dinheiro para comprar o carro zero completo, ela prefere levar um seminovo com os opcionais incluídos.

“O básico está sendo deixado um pouco de lado. O consumidor prefere o luxo porque o carro hoje é visto com um bem de consumo e não de investimento”, afirma Pardo.

Apesar da comodidade proporcionada pelos itens de série, na hora em que o carro precisar de manutenção, o valor ficará mais pesado para o bolso. “É muito relativo, mas a gente pode dizer que hoje gira em torno de 30%, 40% a mais que um carro básico. Até porque a tecnologia empregada é bem mais avançada”, enfatiza.

Fonte: TV Fronteira