Filha planejou assalto a posto que resultou na morte do pai em Assis



N.P., de 17 anos, filha do frentista Otair Pereira, o Neno, de 43 anos, assassinado na noite do dia 30 de abril,  durante tentativa de assalto a um posto na avenida Vereador David Passarinho, na Vila Prudenciana,  teve participação direta no crime que resultou na morte do seu pai. Essa é a conclusão do delegado Ricardo Nascimento e Silva, da Delegacia de Investigações Gerais. “De forma inequívoca, podemos garantir que ela foi a autora intelectual do roubo, que teve como desdobramento o homicídio”, garante a autoridade, de forma categórica.

Com ajuda de sua equipe de investigadores e escrivães, Ricardo Nascimento garante ter conseguido "provas robustas” do envolvimento da adolescente no roubo. “Temos provas que ela realizou uma sondagem prévia e descobriu que, naquela data -  véspera de feriado - os valores no caixa seriam maiores do que num dia normal”, explicou o titular da Delegacia de Investigações Gerais.

Minutos antes da tentativa do roubo, a adolescente teria ido ao local de trabalho do pai e, através de mensagens de telefone celular, orientado os assaltantes sobre o momento exato para agir.

Tudo poderia ser perfeito não fosse o nervosismo do ladrão que, ao que tudo indica, acidentalmente, efetuou o disparo que matou o frentista.

O mesmo projétil transfixou o corpo de Otair Pereira e atingiu a filha N.O., que estava a poucos metros do caixa.

Neno foi socorrido e morreu, horas depois, no Pronto-Socorro Municipal. A filha chegou a ser internada, mas acabou sendo liberada. Ela permanece com o projétil no corpo.

Assim que saiu do hospital, a adolescente foi interrogada e negou qualquer participação no crime.

O delegado, com sua astúcia e tirocínio, preferiu não acreditar na versão e continuou investigando.

Com as evidências da participação da filha do frentista no crime, o delegado Ricardo Nascimento entrou em contato com o promotor Carlos Henrique Rinard, responsável pela Vara da Infância e Juventude, que também decidiu ouvir a versão da adolescente.

Dias depois, o juiz da Vara da Infância e Juventude, Thiago Baldani, atendendo solicitação do delegado de polícia e do promotor Carlos Rinard, determinou a internação da adolescente como medida sócio educativa.

Tão logo foi expedida a decisão judicial, a adolescente foi apreendida e encaminhada para a Cadeia Pública de Lutécia, onde aguarda vaga numa das unidades da Fundação Casa, antiga Febem.

Na semana passada, C.A.S., de 33 anos, acusado de ter efetuado o disparo que matou o frentista, foi preso pela Polícia Militar e levado para a Cadeia de Lutécia.

 


Câmeras registraram a ação dos criminosos

 

Fonte: Jornal da Segunda



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