Na última quarta-feira (24), o Procon-SP e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) realizaram o seminário "A agenda consumerista para planos de saúde coletivos". O evento, transmitido ao vivo pelas redes sociais do Procon-SP, discutiu e propôs novas regulamentações para planos de saúde coletivos, que atualmente representam mais de 80% dos contratos de saúde no Brasil.

O seminário contou com a presença de importantes figuras do cenário da defesa do consumidor e da saúde, incluindo representantes do Ministério Público de São Paulo, Defensoria Pública de São Paulo, Ordem dos Advogados do Brasil Seção São Paulo (OAB SP), e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Este encontro destaca a necessidade urgente de revisão nas políticas que regem os planos de saúde coletivos, frequentemente criticados por suas práticas de reajuste de preços e condições de cancelamento.

Os planos de saúde coletivos diferem significativamente dos individuais e familiares, principalmente porque seus reajustes anuais não requerem autorização prévia da ANS e são negociados diretamente entre a operadora e a entidade contratante, seja ela uma empresa ou associação. Esse modelo tem levado a aumentos substanciais nas tarifas, muitas vezes deixando os consumidores sem alternativas viáveis.

O seminário também abordou os resultados de uma pesquisa recente sobre a percepção dos consumidores em relação a seus planos de saúde. A pesquisa revelou uma insatisfação significativa, com apenas 11% dos respondentes declarando total satisfação com seus planos. Os dados também mostraram que muitos enfrentam reajustes anuais consideráveis, que frequentemente superam o índice aprovado para contratos individuais e familiares.

Este evento é parte de uma série de iniciativas do Procon-SP e do Idec para fomentar um diálogo construtivo sobre as práticas do mercado de planos de saúde e buscar soluções que garantam maior proteção e transparência para os consumidores.