A inteligência artificial (IA) já é usada no Brasil para acelerar diagnósticos, prever riscos de agravamento e até reduzir filas no SUS, como apontam diversas publicações do IEEE (Institute of Electrical and Electronic Engineers), organização técnica dedicada ao avanço da tecnologia para o benefício da humanidade. Ainda assim, muitas dúvidas circulam entre pacientes e profissionais: afinal, a tecnologia é uma aliada? Ela é confiável?
Para esclarecer esses e alguns outros questionamentos, o Dr. Guilherme Crespo, médico e líder de transformação digital na Neuralmed, empresa brasileira que transforma dados clínicos estruturados e não estruturados em decisões que salvam vidas e geram eficiência operacional, listou alguns dos principais mitos e verdades sobre o impacto da IA na saúde em 2025.
Para o Dr. Guilherme, a IA deve ser vista como um recurso que complementa a atuação médica e não como substituta. Quando aplicada de forma ética e responsável, a tecnologia ajuda a reduzir filas, evitar exames desnecessários e antecipar diagnósticos, liberando mais tempo para que os profissionais se dediquem ao cuidado integral do paciente e à melhoria do sistema de saúde.
Confira 7 mitos e verdades sobre o uso da inteligência artificial na saúde em 2025:
1. A IA vai substituir o médico
Mito. A IA funciona como apoio, não como substituto. O médico continua sendo responsável pelas decisões clínicas e pela relação com o paciente. O Conselho Federal de Medicina discute, em 2025, diretrizes específicas para garantir o uso ético e seguro da tecnologia.
2. A IA ajuda a reduzir filas de espera
Verdade. Hospitais que usam sistemas inteligentes de regulação já conseguem priorizar pacientes mais graves e acelerar encaminhamentos. Uma pesquisa de fevereiro de 2025 mostrou que 60% dos brasileiros reclamam da demora para consultas com especialistas — um dos gargalos que a IA pode reduzir.
3. A inteligência artificial é insegura para o cuidado com pacientes
Mito. A tecnologia é desenvolvida para apoiar médicos e equipes, nunca para substituí-los. Assim como qualquer tecnologia médica, a IA exige protocolos de segurança e acompanhamento humano. Quando usada sob supervisão de equipes treinadas, os sistemas reduzem riscos e ampliam a precisão. Algumas publicações da BMC Medical Informatics and Decision Making, um periódico bastante relevante para o segmento, mostram que algoritmos de alerta precoce conseguem identificar deterioração clínica horas antes dos sinais evidentes, permitindo intervenções mais rápidas e eficazes, sempre com foco na segurança do paciente.
4. A inteligência artificial ajuda a evitar exames desnecessários
Verdade. A integração de dados pela Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) evita repetições e reduz desperdícios. A partir de outubro de 2025, exames e históricos da saúde suplementar passarão a ser integrados ao SUS, trazendo continuidade ao cuidado e mais eficiência para todo o sistema.
5. A tecnologia torna o atendimento mais frio e distante
Mito. Automação de tarefas burocráticas, como preenchimento de prontuários e resumos de alta, libera tempo para o médico olhar o paciente nos olhos. No Reino Unido, pilotos com IA reduziram significativamente o tempo de internação ao acelerar altas, beneficiando tanto médicos quanto pacientes.
6. A IA já é usada em radiologia para priorizar casos graves
Verdade. Em hospitais brasileiros, sistemas analisam raios-X de tórax e destacam suspeitas críticas, como pneumotórax, para leitura prioritária. Isso não substitui o radiologista, mas garante que o paciente em risco seja atendido primeiro.
7. Os dados de saúde do paciente não estão protegidos quando usados por IA
Mito. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) colocaram informações de saúde no centro da agenda regulatória 2025–2026. Isso significa regras claras para armazenamento, finalidade e segurança no uso de dados sensíveis.
Sobre a NeuralMed
Com sete anos de mercado, a NeuralMed, é uma empresa de saúde que oferece soluções que tornam o mercado de saúde mais eficiente e sustentável. O objetivo da companhia é reduzir custos, auxiliar na assertividade das decisões médicas, fazer integração segura e com diversos sistemas, melhorar interoperabilidade, aprimorar leitura de dados estruturados e não estruturados e acompanhar em tempo real a jornada do paciente. Fundada por Anthony Eigier e André Castilla, a empresa contabiliza 6 milhões de laudos processados, mais de 7 milhões de vidas monitoradas e 30 milhões de exames analisados.