Reginaldo Cardoso da Silva seguia do Presídio de Presidente Bernardes para Jacareí com sua família, beneficiado pela “saidinha”, quando foi executado por dois homens encapuzados
Um detento do Presídio de Presidente Bernandes que estava em “saidinha” foi executado no Posto São Matheus, em Paraguaçu Paulista, nesta terça-feira (15).
Por volta das 11h46, os policias militares foram acionados via COPOM para atender uma ocorrência de roubo no Posto São Matheus, localizado na Rodovia Raposo Tavares, KM 483. A informação era de que um indivíduo teria sido baleado por outros dois homens.
No local, os policiais constataram, por meio do depoimento de uma das vítimas, que a situação era outra. O fato é que o detento Reginaldo Cardoso da Silva, de 42 anos, seguia do Presídio de Presidente Bernardes para Jacareí com sua família, beneficiado pela “saidinha”, quando foi executado por dois homens encapuzados.
Em seu depoimento, a esposa de Reginaldo, Pâmela, relatou que o marido cumpria pena por cinco anos em regime fechado, referente ao crime de tráfico de drogas na penitenciária de Presidente Bernandes e que, desde o dia 23 de fevereiro, iria cumprir o período de "saidinha" e que foi liberado neste dia 15.
Pâmela veio buscar o marido e seguiam até Jacareí onde moram e, já no local onde ocorreu o crime, ao avistarem um posto de combustíveis com restaurante, resolveram parar para se alimentar.
Além de Reginaldo e de Pâmela, estavam no carro a mãe da vítima e mais os três filhos do casal: dois meninos, um de 5 anos e outro de 10 anos, e uma menina 12 anos.
Após se alimentarem, a família já estava do lado de fora da lanchonete do posto, caminhando em direção ao veículo, quando foi abordada por duas pessoas que, violentamente, conforme relatou Pâmela, mandaram a vitima, que ainda estava do lado de fora do carro, largar o filho menor que estava em seu colo.
Reginaldo assim o fez, porém correu em sentido a uma mata que estava na lateral do posto e os indivíduos começaram a atirar em sua direção, fazendo com que caísse já sem vida. Pâmela afirma que foram vários disparos, mas que devido ao seu estado de pavor mediante a situação, apenas se recorda que os autores eram duas pessoas que estavam de capuz preto e óculos escuros, não sendo possível identificar demais traços.
A mulher recorda-se, ainda, que havia uma terceira pessoa dentro de um carro Chevrolet Ágile, cor vermelha, que não saiu do veículo até a ação finalizar. Também se recorda de outro veículo, de cor preta, aparentemente sendo um VW/FOX, todo lacrado de insulfilme, porém que não foi possível identificar os tripulantes, apenas que ficaram acompanhando a ação e saíram também para rumo incerto junto com os demais autores que estavam no Chevrolet Ágile.
A esposa de Reginaldo ficou no local junto do corpo de seu esposo até a chegada da polícia e acompanhou toda a perícia e demais procedimentos até ser encaminhada para a Delegacia de Policia Civil, para a elaboração do Boletim de Ocorrência.
Ao ser questionada a respeito de motivos ou possíveis suspeitas de alguém que poderia querer executar seu marido, ela disse que o visitava de 15 em 15 dias, que ele nunca mencionou ter sido vítima de desavença ou qualquer problema que colocaria sua vida em risco. Pâmela alega, ainda, que a vítima não tinha nenhum tipo de dívida e que não fazia parte de nenhuma organização criminosa.