Santa Casa de Marília adere à campanha “Tabela SUS; reajuste Já”



A Santa Casa de Misericórdia de Marília confirmou adesão ao movimento “Tabela SUS, reajuste Já”, uma mobilização que surgiu no ano passado, por iniciativa de dirigentes de Santas Casas e hospitais filantrópicos do Estado de São Paulo, para cobrar revisão da tabela de procedimentos pagos pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Na próxima segunda-feira, 25, a Assembleia Legislativa receberá a primeira reunião do ano, para definir os rumos da campanha. O objetivo é adotar medidas que possam sensibilizar autoridades federais, para acabar com o subfinanciamento das entidades. A Santa Casa de Marília será representada pelo provedor, Milton Tédde, e o secretário da Irmandade, Wilson Passador. 

Revigorado, depois de importantes reuniões no ano passado, o movimento passa a ser oficialmente coordenado pela Fehosp (Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado de São Paulo. “Temos somado importantes apoios, como o do governador Geraldo Alckmin, e acreditamos que esse encontro será muito produtivo, para retomar a luta dos hospitais”, afirmou Téede.

De acordo com a superintendente da Santa Casa mariliense, Kátia Ferraz Santana, a defasagem no valor pago pelos procedimentos tem provocado sucessivos problemas aos hospitais. “Nós (instituições filantrópicas) não temos mais como esperar. Essa mobilização é urgente e está sendo feita pelo bem do usuário”, afirma a superintendente.

Para se ter uma ideia da defasagem, o SUS paga atualmente, segundo dados do hospital, R$ 10 por uma consulta médica e R$ 6,88 por uma radiografia de tórax. 

 

SEM RESPOSTAS

De acordo com a assessoria de imprensa da Fehosp, o principal tópico do encontro será o silêncio do Ministério da Saúde em relação às reivindicações das instituições, que somam R$ 13 bi em dívidas.

Os representantes do setor alertam que sem o reajuste urgente – básico para o início de uma recuperação financeira - o atendimento ao SUS feito pela rede beneficente pode entrar em colapso.

As instituições iniciaram 2013 com R$ 12 bi em dívidas e considerando o déficit anual de R$ 5 bi nos contratos e convênios com o SUS chegarão a 2014 devendo R$ 17 bi. Nessas condições, muitos hospitais vão fechar ou diminuir sensivelmente o atendimento público. Esse rombo ocorre principalmente pela defasagem na tabela do SUS que remunera, em média, somente R$ 65 de cada R$ 100 efetivamente gastos pelas instituições na assistência pública.

No dia 12 de dezembro o Movimento entregou a representantes do Ministério da Saúde um documento – a “Carta de Votuporanga” – onde expôs essa realidade e reivindicou providências indispensáveis para o início de um processo de recuperação financeira (veja abaixo).  Esperava-se uma manifestação do MS até o dia 31 de janeiro, o que até hoje (20/02) não ocorreu. Este silêncio será o principal item da pauta do encontro.

Os organizadores esperam a presença de mais de 200 representantes, entre autoridades e gestores, do setor filantrópico de todo o país. Após a reunião na Assembleia já está confirmada uma audiência com o governador Geraldo Alckmin.

A Fehosp – Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo - e as Frentes Parlamentares de Saúde e das Santas Casas da Assembleia Legislativa de São Paulo serão os anfitriões do encontro.

 

Assessoria

 



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