Menina de 6 anos morre e família culpa o mau atendimento do Pronto Socorro de Assis



A morte de uma menina de seis anos durante a madrugada de quarta-feira (15) em Assis coloca a saúde pública do município em alerta. Segundo parentes da criança, o pronto-socorro da cidade não prestou o atendimento necessário à paciente, que desde sábado (11) vinha sendo atendida na unidade.

A família ainda está abalada com a morte de Camila, que tinha seis anos. Segundo o pai da criança, ela não recebeu atenção necessária dos médicos do Pronto Socorro.  “Ela reclamava de muita febre e dor no corpo. Ela também não comia, só vomitava. Nós viemos a primeira vez, o médico mal olhou para ela e liberou a gente. Trouxemos uma segunda vez e ele só deu soro porque exigimos. Quando foi na segunda-feira, minha esposa voltou no PS com ela bem ruinzinha, nem andava mais, foi quando a pediatra da UTI a examinou e ela foi internada”, conta Ânderson Barbosa da Silva. 

A causa da morte da criança ainda é desconhecida e exames foram enviados a São Paulo. A tia da menina faz um apelo para que a situação do PS seja revista. “Eu peço, sem vergonha e medo, que as autoridades façam alguma coisa, porque amanhã qualquer um pode ser a próxima vítima. Peço socorro para saúde pública”, declara Josefa de Souza.

Coincidentemente, enquanto os pais de Camila se esperavam na porta do Pronto-Socorro na manhã de ontem (15), diversas autoridades da saúde discutiam melhorias na unidade em uma reunião realizada na Câmara Municipal.

Melhorias na estrutura e sobrecarga no atendimento, que recebe pacientes de toda a região, centralizaram os debates. Uma carta de intenção será elaborada na próxima reunião para definir as providencias mais urgentes a serem feitas.

Os vereadores também criaram uma comissão que vai vistoriar não só o PS, mas, todas as unidades de saúde da cidade. A comissão também irá acionar a Justiça caso não consiga encontrar solução para os problemas já encontrados e que ainda serão descobertos.


Pais da criança reclamam do atendimento prestado no Pronto-Socorro (Foto: reprodução/TV Tem)

G1

 



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