Crime ocorreu no final da tarde de sábado na favela do bairro e autor alegou que família era ameaçada pela vítima; é o oitavo homicídio registrado em Marília no ano
O encanador Hailton Gonçalves, 50, foi assassinado com um tiro no tórax na favela da Vila Barros, zona norte de Marília, no final da tarde do último sábado (22). O sobrinho dele, o servente de pedreiro Diogo Alexandre Lodi, 28, se apresentou à polícia ontem e confessou o crime. Este é o oitavo homicídio registrado em Marília no ano.
De acordo com informações da Polícia Militar, por volta das 17h30, Hailton foi encontrado caído e inconsciente na altura do número 535 da rua Salvador Salgueiro, que margeia a favela, e testemunhas acionaram o socorro.
Rapidamente, viatura do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou ao local. O médico José Roberto Doro e sua equipe ainda tentaram reanimar o encanador, mas não tiveram sucesso e a morte dele foi declarada ainda na via.
Durante o atendimento, foi constatado um ferimento provocado por arma de fogo no lado direito do tórax da vítima, que acabou identificada pouco depois por Devanil José Gonçalves, irmão de Hailton.
Os delegados Pedro Luís Vieira Machado (plantonista) e Mario Furlaneto Neto (adjunto da DIG - Delegacia de Investigações Gerais) estiveram no local e, juntamente com policiais militares, colheram o depoimento de algumas testemunhas.
Na sequência, peritos do IC (Instituto de Criminalística) foram comunicados e, durante a análise da cena do crime, encontraram marcas de sangue no chão que indicavam que a vítima havia sido baleada na altura do imóvel de número 402 da mesma rua, onde reside Diogo.
“Já no local do ocorrido ficou clara a autoria do crime. Hoje (ontem), Diogo se apresentou com o advogado e foi interrogado. Ele confessou o crime e disse que sua família estava sendo ameaçada por Hailton. Também falou que desferiu um tiro de revolver calibre 38 e depois fugiu, tendo jogado a arma no Itambé do bairro”, relata Aéliton Roberto de Souza, titular da delegacia especializada.
O corpo de Hailton, que tinha uma passagem na polícia por furto, foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal), onde passou por exame de necropsia. O órgão deve emitir laudo sobre a causa da morte em 30 dias, mesmo prazo que o IC tem para entrega do relatório sobre o crime.
O encanador foi sepultado no domingo no Cemitério da Saudade.
Hailton se tornou a oitava vítima de homicídio registrada no ano pela polícia em Marília. O número é quase 15% maior no comparativo com o mesmo período do ano passado, quando haviam ocorrido sete assassinatos. Em 2012 todo, foram 20 os casos de mortes dolosas.
Diário de Marília