Pacientes encontram superlotação na saúde pública em Assis


Pronto-Socorro não tem alvará dos Bombeiros e da Vigilância Sanitária.
 


Policiais ajudam mulher em crise nervosa no PS em Assis (Foto: Reprodução TV TEM)

Na região de Assis  quem depende da saúde pública passa por problemas. O Pronto-Socorro Municipal, que funciona no prédio do Hospital Regional, está com superlotação. Pacientes aguardam em macas nos corredores por vagas de transferência. Uma mulher fez imagens com o celular depois de aguardar por 24 horas no Pronto-Socorro à espera de um leito na Santa Casa. Como não conseguiu, ela voltou para casa.

“É um descaso do nosso poder público, dos nossos governantes. Pagamos impostos altos para receber esse atendimento do SUS”, disse Rita de Cássia da Silva, que acompanhou a irmã.

Em imagens feitas com o telefone mostram uma mulher chegando ao Pronto-Socorro com sintomas de crise nervosa. Sem maca disponível, ela é colocada em uma cadeira de rodas. Descaso que revolta também quem trabalha na unidade de saúde municipal. A preocupação dos trabalhadores é com a possibilidade de erro no procedimento por causa da superlotação.

“Você não consegue atender todo mundo e acaba ficando muita gente para trás. A gente também sofre junto com a população porque também somos usuários do sistema. A cada dia está piorando”, avisou uma funcionária que preferiu não ser identificada. 

Em média são feitos 220 atendimentos por dia no Pronto-Socorro de Assis. O  que representa quase o dobro da capacidade. Para a prefeitura, a solução está na instalação de uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA). A obra está pronta, mas a entrega foi adiada. Não há previsão de quando o Ministério da Saúde irá repassar recursos para a compra de equipamentos. A prefeitura tenta transferir a gestão do PS para o estado. O local funciona no mesmo prédio do hospital regional. 

“Paralelamente a UPA, já temos o PA do Santa Isabel. Essas pessoas serão encaminhadas para essas duas unidades e os casos de urgência e emergência serão tratados no PS, que será de responsabilidade do estado. Sabemos dos problemas e estamos tomando providências para que eles sejam solucionados o quanto antes”, afirmou o prefeito Ricardo Pinheiro.

O prédio onde funciona o Pronto-Socorro, que é referência para treze municípios da região de Assis, não tem alvarás do Corpo de Bombeiros e da Vigilância Sanitária para funcionar.

 


Paciente está praticamente no chão da unidade (Foto: Reprodução TV TEM)



Superlotação é o principal problema no local (Foto: Reprodução TV TEM)

G1


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