Na tarde desta quinta-feira, dia 29, Alexandre de Oliveira se apresentou na DIG – Delegacia de Investigações Gerais de Assis e confessou ser o autor do homicídio da sua ex-namorada, Pâmela Dias, de 16 anos, que estava grávida de 8 meses. O crime aconteceu no dia 18 deste mês, próximo a uma cachoeira, na Água do Baixadão, em Assis. A jovem foi morta a facadas, e o seu filho não pode ser salvo.

Alexandre foi interrogado pelo delegado Dr. Ricardo Antonio Nascimento, que nos informou que o acusado recebeu alta do hospital e foi diretamente à delegacia se apresentar. “Ele está sendo indiciado por homicídio duplamente qualificado e ainda por aborto praticado sem o consentimento da gestante”, disse Nascimento.

O ex-namorado de Pâmela disse em seu interrogatório que cometeu o crime após um desentendimento com a garota. “Naquele local, no primeiro momento, eles decidiram reatar o relacionamento. Em um dado momento, Pâmela mudou de conversa, de comportamento, e disse que não daria mais certo e que a melhor coisa era que eles se separassem mesmo. Isso deixou ele muito nervoso e voltou a tona a suspeita dele não ser o pai da criança. Ele disse que ficou muito nervoso, ficou cego, fora de si, entrou no carro, pegou uma faca que estava embaixo do banco, que disse que costumava levá-la consigo, e desferiu o primeiro golpe de faca nela. Depois que ela caiu ao chão, ele deu outros golpes e removeu o corpo ao local onde foi encontrado”, explicou o delegado.

Alexandre relatou ao delegado que não queria matar a sua ex-namorada. “Isso é o que nós não concordamos. Foi premeditado, tanto que já havia ameaças. Isso já está provado”, falou Dr. Ricardo.

O delegado explicou ainda que a mãe do acusado disse em seu depoimento que no domingo, na hora do almoço, ela sentiu falta de uma faca com cabo branco, que ela utilizava na cozinha. Sendo essa mesma faca utilizada para tirar a vida da assisense.

Após ser interrogado, Alexandre foi encaminhado ao IML de Assis e recolhido à cadeia pública de Lutécia.

EXUMAÇÃO DO FETO

Durante o seu depoimento, Alexandre de Oliveira relatou que Pâmela dizia a ele que a criança que estava esperando poderia não ser dele, pois ela o havia traído. 

A família da jovem nega isso. “Segundo os familiares da Pâmela, o filho era do Alexandre e que em nenhum momento ela colocou em dúvida a paternidade do bebê que ela estava esperando”, explicou o delegado.

Dr. Ricardo Antonio irá pedir ao juiz a exumação do corpo da criança. “Vamos ver se o Alexandre concorda em oferecer material genético para que esta dúvida não fique no ar”, concluiu.