Inquérito apura morte de jovem que levou tiros de PM em Cândido Mota


Rapaz teria tentado atropelar um policial durante abordagem.
 


O jovem morreu dentro do seu carro
 

A Polícia Civil investiga a morte de um jovem de 20 anos em Cândido Mota (SP). Ele foi perseguido por uma viatura da Polícia Militar e atingido por vários tiros na madrugada de sábado (7). Segundo o boletim de ocorrência, o rapaz não tinha habilitação e o documento do carro estava vencido.

Nas imagens do circuito de segurança de um posto de combustíveis é possível ver quando o ajudante de serviços gerais passa em um carro azul e é seguido pela polícia. O veículo reduz a velocidade para uma pessoa atravessar e depois entra em uma avenida, seguido pela viatura.

Segundo fotos do inquérito, o carro usado pela vítima bateu contra um pilar durante a tentativa de fuga. “Ele perdeu o controle da direção e bateu nas ferragens. Eu disse para ele descer, mas ele preferiu ficar no carro. O veículo se afastou e saiu em ‘cavalinho de pau’. Foi quando a polícia apontou a arma para ele parar, mas ele acelerou e o policial entrou na frente para impedir que ele fugisse”, conta o adolescente que acompanhava o rapaz no momento da abordagem.

O carro parou depois de bater em um alambrado. O adolescente diz que o policial atirou várias vezes contra o rapaz e que foi forçado a contar outra versão da história no momento em que prestava depoimento à polícia. “Eles me mandaram contar que meu amigo tentou jogar o carro em cima deles, mas não foi o que aconteceu”, afirma o menor.

A Polícia Militar não quis gravar entrevista com a equipe de reportagem do TEM Notícias. Por telefone, o porta-voz da PM disse que o policial envolvido no caso foi afastado para fazer o acompanhamento psicológico, procedimento padrão nesses casos. Após o tratamento, ele pode ou não voltar ao serviço. A arma do policial foi recolhida e entregue à perícia, assim como o carro da vítima. Segundo as investigações, o jovem não estava armado.

A Polícia Civil de Cândido Mota registrou o boletim de ocorrência e irá investigar o caso. Testemunhas serão novamente ouvidas e a perícia tem um prazo de 30 dias para entregar um relatório completo.

 


Ação foi registrada e enviada pelo aplicativo TEM VC (Foto: Ramon Bastos/TEM VC)

 

G1



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