Ossada é encontrada em fazenda na cidade de Marília


Pode ser o 14º homicídio do ano

Uma ossada parcialmente enterrada às margens do Rio do Peixe, na Rodovia Rachid Rayes (SP-333), foi encontrada na tarde de ontem.

Pelas circunstâncias, a DIG (Delegacia de Investigações Gerais) acredita que este pode ser o 14º homicídio do ano registrado na cidade.

Os ossos foram encontrados por volta das 14h. Um caseiro procurava por cavalos soltos no pasto quando avistou o crânio. Ele acionou a Polícia Militar. Mais tarde, fêmur e mandíbula, já com falta de alguns dentes, além de pequeno pedaço de tecido, foram achados.

De acordo com o delegado titular da DIG, Aéliton Roberto de Souza, pelo avançado estado de decomposição, acredita-se que a morte aconteceu há pelo menos seis meses e que parte dos ossos foi levada pela chuva ou até mesmo os restos terem sido comidos por animais silvestres.

“O que podemos afirmar é que, pela situação em que os ossos foram encontrados, não descartamos a hipótese de homicídio. O local pode ter sido usado como local da execução e até mesmo de desova do corpo”, relata Souza, que ainda diz que não havia sinais de violência no crânio.

A coleta dos ossos não foi suficiente nem para descobrir idade aproximada ou até o sexo da vítima. O material achado foi encaminhado para o IML (Instituto Médico-Legal) e deve seguir para São Paulo, onde passará por exames mais detalhados.

“Não há um prazo específico para a entrega dos laudos, mas com ele poderemos nos localizar melhor e confrontar tais resultados com os dados do nosso sistema de desaparecidos”, finaliza o delegado.

É o segundo caso este ano

Na manhã do dia 25 de fevereiro deste ano, um caso parecido com o de ontem foi registrado às margens da Rodovia Transbrasiliana (BR-153) e até hoje intriga a Polícia Civil de Marília.

Na ocasião, funcionários da BR Vias, empresa responsável pela conservação da pista, faziam limpeza da área próxima ao quilômetro 264, quando encontraram uma ossada carbonizada. Ao lado, pedaços de pneus, tênis e relógio também foram achados.

A diferença do caso de ontem é que o crânio da BR-153 apresentava uma perfuração no crânio e, pelas circunstâncias, indica que a vítima foi colocada no “micro-ondas”, prática utilizada principalmente por traficantes de drogas, em que a pessoa é colocada dentro de pneus e depois incinerada.

Após a realização de laudo da arcada dentária, foi descoberto que a vítima é do sexo masculino e tem idade entre 15 e 30 anos, porém a identidade e os autores do 3º homicídio de 2010 ainda são desconhecidos pela Polícia Civil passados mais de sete meses.



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